Reconstrução das áreas do Litoral Norte de SP devem demorar meses

Ainda não há previsão para o início do trabalho e, muito menos, para seu término

A situação no litoral norte de São Paulo, atingido durante o carnaval por uma chuva de dimensões nunca vistas no Brasil (foram mais de 680mm de água em 24 horas em algumas regiões), está longe de ficar normalizada. Nesse momento, a prioridade dos governos municipais, estadual e federal se concentra na assistência às famílias atingidas; no reparo emergencial para o retorno do abastecimento de eletricidade, água, combustíveis e alimentos naquelas regiões; e no apoio médico para aqueles necessitados.

Assim que isso for resolvido, uma nova fase se inicia. A de avaliação dos prejuízos à infra-estrutura. Sobretudo com relação às estradas, dutos de petróleo da Petrobras, porto de São Sebastião, ruas das localidades envolvidas, estrutura elétrica, de abastecimento de água e de esgoto e outros problemas decorrentes da enchente. Isso deve demorar semanas e, também, custar muito dinheiro.

O governador Tarcísio de Freitas afirmou, em entrevista após sobrevoar as áreas atingidas, que os danos à rodovia Rio-Santos podem ser muito maiores do que se imaginava. Somente após a retirada de todas as barreiras (terra, vegetação e pedras) que desceram para a estrada, em toneladas, se poderia saber se partes da rodovia de fato ainda existem. Porém, de acordo com o próprio governador, a Rio-Santos segue intacta e apenas com danos menores a serem consertados.

No caso da Rodovia Mogi-Bertioga, também atingida pelas chuvas que provocaram uma imensa eroção na pista por conta da quebra de uma tubulação de água pluvial, a estimativa é de que ela fique totalmente fechada até o final de abril. Em maio, existe a chance da estrada ser liberada parcialmente. E a previsão é de que a obra de reparo só termine em agosto ou setembro. O valor inicial para essa recuperação é de R$ 10 milhões.

A Petrobras, por sua vez, precisa avaliar em detalhes os danos aos dutos que transportam petróleo de São Sebastião até Cubatão. Estes também foram atingidos pelas fortes chuvas e suas consequências e, até segunda ordem, estão inoperantes. O porto de São Sebastião não sofreu tanto com a tempestada, mas ainda assim será vistoriado assim que possível.

Na esfera municipal, após o trabalho de limpeza das áreas afetadas, as prefeituras junto com as concessionárias de energia e de água, verificarão o que será necessário para remontar toda a estrutura que serve à região.

Ainda não há previsão de quando esse trabalho de reconstrução irá começar e quanto tempo irá durar. Enquanto isso, os moradores das áreas atingidas pelo temporal precisarão ter paciência porque o deslocamento, seja de pessoas como de produtos, pela região será afetado.

(C) Governo do Estado de SP