Novidades sem boas surpresas

Novos modelos não superaram os antecessores e decepcionaram divulgação
Novos modelos não superaram os antecessores e decepcionaram
divulgação

Quando um modelo chega ao fim do seu ciclo de vida, é hora de lançar um substituto. Seja nova geração ou um produto completamente inédito, é esperado que o lançamento supere em modernidade o carro que deixou de ser fabricado.
No entanto, nem sempre isso ocorre. Questões como cortes de custo, reposicionamento de mercado ou mesmo decisões equivocadas podem colocar nas lojas produtos nitidamente inferiores aos que estão sendo substituídos.
Selecionamos alguns casos recentes no mercado brasileiro em que a novidade nem sempre superou o modelo antigo. É o caso da minivan Chevrolet Spin, que entrou no lugar de Meriva e Zafira em versões de cinco e sete lugares, mas sem as soluções como o sistema Flex7 da Zafira nem a versatilidade do Meriva, que foram trocadas por um modelo de visual polêmico e interior simples.
A Fiat fez algo parecido com o Mobi, que entrou no lugar da versão de entrada, Vivace, do Uno. O compacto, no entanto, é menor e mais simples que o Uno, e ainda foi lançado sem o aguardado motor 1.0 de três cilindros, que só chegou à linha no fim do ano passado.

CHEVROLET VECTRA
Em 2006, a Chevrolet lançou no Brasil a terceira geração do Vectra. O modelo, no entanto, era a versão sedã do Astra europeu. Sem o carisma do antecessor e nem itens como suspensão traseira independente, não fez o mesmo sucesso.

VOLKSWAGEN GOL
O Gol ‘Geração 4’ marcou o fim de linha da carroceria antiga do compacto com um notável empobrecimento em relação ao carro da fase anterior. Com acabamento e visual muito mais simples, o Gol fabricado entre 2005 e 2014 perdeu versões e assumiu o posto de carro mais acessível da marca no país à época.

FIAT MOBI
O Mobi foi lançado no Brasil em 2016 para ser a base da gama da Fiat. Ele substituiu as versões de entrada do Uno, custando praticamente o mesmo, mas sendo um carro menor e bem mais simples até mesmo que o antigo Uno Vivace. Além disso, não representou nenhuma evolução tecnológica no segmento.

CHEVROLET SPIN
A Chevrolet substituiu as minivans Meriva e Zafira com um só produto, a Spin. Mas a novidade baseada na plataforma do Cobalt não tem o visual bem acertado das antecessoras, nem as dimensões compactas da Meriva ou o engenhoso sistema de rebatimento da terceira fileira de bancos da Zafira.

HYUNDAI I30
A primeira geração do hatch sul-coreano foi um sucesso no Brasil. A segunda, no entanto, apesar do belo visual, era muito mais cara e veio com motor 1.6, que não entregava o mesmo rendimento do bom 2.0 do modelo que o antecedeu.