Novidades da dieta para entrar em forma – durma mais

Poucas horas de sono podem aumentar apetite e escolha por alimentos calóricos

texto: Clarissa Monteagudo/infoglobo | foto: divulgação
texto: Clarissa Monteagudo/infoglobo | foto: divulgação

Após analisar 11 estudos, pesquisadores comprovaram: poucas horas de sono influenciam no aumento do apetite e na escolha do alimento. Essa relação já era observada por especialistas, mas a análise publicada no European Journal of Clinical Nutrition confirma a hipótese. Os estudos incluem pessoas com privação parcial do sono, que dormiam entre três horas e meia e cinco horas e meia por noite.
Constatou-se que quem passava menos tempo na cama consumia, em média, 385 calorias a mais por dia – o equivalente a um hambúrguer com queijo. A explicação é que dormir pouco pode desregular hormônios relacionados ao apetite, como a grelina e a leptina, o que faz com que se coma mais. Os pesquisadores indicam ainda que o consumo extra de calorias também pode ocorrer porque as pessoas ficam mais cansadas e buscam recarregar as energias com a comida.
“O sono é uma recuperação. Quando sofre a privação, busca-se o prazer em outra coisa e a comida está relacionada ao prazer. A pessoa sabe que terá a satisfação garantida ali. Essa procura por alimentos mais calóricos tem mais a ver com isso do que com a desregulação hormonal” – diz Francisco Tostes, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.
A nutricionista Mariana Paes explica que sempre foi uma orientação que se durmam, em média, de seis a oito horas por noite. Caso contrário, todo ciclo do dia fica comprometido.
“Com o sono prejudicado, escolhem-se alimentos gordurosos, que fornecem energia. É como uma recompensa” – avalia Mariana, que indica alimentos de fácil digestão e de chás, como camomila e maracujá, antes de dormir para ajudar a pegar no sono.

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