Nova geração do Prius chega ao país

Veículo tem economia que nem 1.0 é capaz de alcançar

O visual futurista e extravagante é a parte visível da tecnologia de ponta com faróis de LED em formato de bumerangue
O visual futurista e extravagante é a parte visível da tecnologia de ponta com faróis de LED em formato de bumerangue

Niemeyer provavelmente aprovaria o estilo da nova geração do Toyota Prius, que chega ao país por R$ 119.950. Não é à toa que a marca escolheu, para promover o lançamento do modelo, a cidade de Brasília.
Como a cidade, com diversas obras assinadas pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o Prius tem linhas arrojadas. E, da mesma forma como ocorreu na troca de capitais entre Rio de Janeiro e Brasília, em 1960, houve um rompimento completo de
estilos entre a terceira e a quarta geração do
híbrido.
O visual futurista e extravagante é a parte visível da tecnologia de ponta. Os faróis de LED têm formato de bumerangue. Os vincos são fortes. Além disso, há avanços invisíveis. Exemplo: para melhorar a eficiência do ar-condicionado (e economizar gasolina), há sensores no banco traseiro que detectam se ele está sendo ocupado. Caso esteja vazio, o climatizador dirige ar só para a frente, para aumentar a economia.
Falando nisso, a efi-
ciência é o ponto em que o Prius e Brasília se distanciam: ao contrário da capital, o híbrido é uma máquina que precisa de pouco combustível para funcionar.
A montadora informa que o Prius faz 18,9 km/l de gasolina na cidade e 17 km/l na estrada, dados endossados pelo Inmetro. E não estranhe a economia maior no uso urbano. Ao contrário de modelos convencionais, híbridos são mais eficientes na cidade, condição em que utilizam prioritariamente o motor elétrico.
O Prius traz a mesma base híbrida do modelo anterior, mas com alterações. O motor a combustão (1.8 16V a gasolina, de 98 cv) foi retrabalhado com o objetivo de reduzir atrito. O elétrico (72 cv) está cerca de 20% menor. Combinados, geram 123 cv. E, com eles, o hatch vai de 0 a 100 km/h em 11 segundos, conforme a Toyota.
O câmbio automático CVT também foi aproveitado. O Prius exibiu rodar suave e silencioso pelas bem planejadas avenidas da capital, condição em que se pode dirigir apenas com o motor elétrico. Um mostrador no painel exibe qual motor está sendo utilizado e quanto se economiza, entre outras informações.
No modo elétrico, o silêncio é grande, e quando o motor a gasolina entra em operação o ruído é perceptível, mas não incomoda. A direção elétrica é bem leve e cômoda para uso urbano A sensibilidade de frenagem é peculiar: como não há hidrovácuo, o ‘peso’ do pedal é calibrado artificialmente, e no início isso causa alguma estranheza. Mas é questão de
costume.
Outra coisa fora do comum são as calotas plásticas aplicadas sobre as rodas de liga leve aro 15. Elas estão lá apenas para melhorar a aerodinâmica, e não têm finalidade estética.
Em termos de conforto e segurança, há praticamente tudo. Mas, em um carro desse preço, seriam bem-vindos ajustes elétricos no banco do motorista, pelo menos. Há sete airbags e central multimídia, entre outras comodidades.

Motor a combustão (1.8 16V a gasolina, de 98 cv) foi retrabalhado com o objetivo de reduzir atrito. O elétrico (72 cv) está cerca de 20% menor
Motor a combustão (1.8 16V a gasolina, de 98 cv) foi retrabalhado com o objetivo de reduzir atrito. O elétrico (72 cv) está cerca de 20% menor