Banco de couro exige cuidados

Manutenção parte de R$ 150 em oficinas, mas dá para cuidar deles em casa divulgação
Manutenção parte de R$ 150 em oficinas, mas dá para cuidar deles em casa
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Antes restritos a carros de luxo, os bancos de couro estão disponíveis até em modelos compactos – e ajudam a deixar a cabine com um ar mais elegante e sofisticado. Porém esse material necessita de cuidados específicos para ficar limpo e bonito e não se deteriorar.
Comida e bebida derramados na cabine e até gotas de suor podem ficar incrustados nos poros do couro. Até a poeira pode ser nociva. “Em contato com a umidade do ar, em dias de chuva ou neblina, as partículas de poeira formam uma espécie de borra que impregna o couro”, diz o profissional de estética automotiva Alexandre Jacinto.
Além disso, a incidência de raios solares e o uso excessivo de ar-condicionado na cabine expõem o couro ao ressecamento, o que abre seus poros, deixando-os ainda mais expostos à penetração de resíduos.
Por essa razão, a limpeza deve ser completada com uma hidratação, que faz com que os poros se inchem, bloqueando a entrada de sujeira.
Há oficinas especializadas na conservação dos bancos de couro, mas alguns cuidados também podem ser tomados em casa.

POR CONTA PRÓPRIA
Cuidar sozinho dos bancos de couro do veículo exige uma certa disciplina: é preciso não deixar a sujeira mais profunda se acumular. O processo de limpeza deve ser feito a cada dois meses: “use um detergente e um hidratante específicos para esse fim, à venda em lojas de autopeças”, ensina Jacinto.
Em caso de sujeira realmente superficial, um simples pano umidificado com água dá conta do recado. Mas, para que esse processo seja suficiente, é preciso passar o pano pelo menos uma vez por semana.
“É importante, porém, que a pessoa saiba avaliar o real estado de conservação dos bancos e siga rigorosamente as instruções dos fabricantes dos produtos”, frisa.

AJUDA PROFISSIONAL
Em oficinas especializadas, o processo tem até três etapas, a depender da gravidade da sujeira. “Primeiro, começo com uma limpeza mais leve e, se tiver sujeira mais profunda, completo com a higienização a vapor. Por último, faço a hidratação do couro”, enumera Jacinto.

FALTA DE CUIDADOS
A negligência no cuidado com os bancos de couro pode custar caro. Quando não é feito nenhum tipo de manutenção, o contato com fungos e bactérias, contidos no suor e na gordura da pele dos ocupantes do veículo, logo provoca manchas no tecido. “Com o tempo, o couro fica mais ácido, com uma camada dura e ressecada, e começa a rachar e descascar. Ele vai se deteriorando até apodrecer”, descreve o profissional.
Com seis meses de maus-tratos, o couro do revestimento do carro já começa a apresentar as primeiras manchas – que contribuem, inclusive, para a desvalorização do veículo.

SILICONE, NÃO!
O silicone automotivo pode até ser útil para proteger certas peças de plástico do carro contra ressecamento. Mas nada de usá-lo para hidratar os bancos de couro: o efeito pode ser desastroso. “Ele entope os poros e compromete a ventilação do couro”, explica Alexandre Jacinto, da Easy Carros. “Para piorar, o silicone acaba agregando a sujeira, em vez de repelir, e provocando manchas difíceis de removê-las.”