Emoção em dobro – Mães e filhas compartilham a alegria da gravidez
Conheça as histórias surpreendentes de quatro famílias
Ainda tem dúvidas de que um raio pode cair duas vezes no mesmo lugar? Tão difícil quanto, mas ainda mais especial, é mãe e filha engravidarem juntas. Apresentamos quatro surpreendentes histórias de mulheres que tiveram a experiência única de ter um bebê na mesma época que suas primogênitas.
“Foi uma vivência muito legal, que só me fortaleceu e me fez enxergar as coisas de forma diferente”, relata a corretora Maria Lucia Calvet, de 51 anos, que teve a primeira filha, Gabriela, aos 20, e a segunda, Valentina, aos 41, junto da mais velha.
“Mudei muita coisa de lá para cá. É engraçado que a Gabriela me imita com a Luana, e eu chamo a atenção dela”.
A publicitária Gláucia de Carvalho, de 36 anos, parece ter feito um trato especial com a Nossa Senhora do Bom Parto: sua primeira filha, a estudante Narauê, de 20, nasceu no dia do seu aniversário. Dezessete anos depois, a paulista se descobriu grávida de João Antônio, uma semana após a filha mais velha avisar que ela seria avó de Manuela. Mas não para por aí: a menina nasceu no mesmo dia das duas.
“Quando falo a data de aniversário, me confundo”, brinca Gláucia.
Embora as histórias relatadas sejam inspiradoras, o psiquiatra do Hospital Adventista Silvestre, Sander Fridman chama a atenção para uma possível competição entre mãe e filha quando as duas dividem a experiência da gravidez. “Sentimentos de ciúme e inveja podem se exacerbar, e o apoio que é praxe da geração mais velha para com a mais nova pode não ocorrer. Um respeito e uma identificação maior costuma se desenvolver entre mães e filhas na medida em que se reconhecem nas suas fragilidades e méritos”. Para tanto, a terapia pode ajudar: “amadurecer subitamente para quem não consegue experimentar uma relação simétrica com sua mãe ou sua filha naturalmente não é fácil. A psicoterapia pode colocar as questões das duas na perspectiva apropriada, permitindo que desfrutem de suas experiências de modo construtivo e afetivo”.