DIALOGANDO SOBRE: Habilidade para leitura e escrita

Ao falarmos de alfabetização, não podemos resumir ou pensar apenas nos primeiros quatro anos da vida acadêmica, devemos também pensar no desenvolvimento motor e linguístico. Aprender é sublime, cada aprendizagem se torna única.
É importante ressaltar, principalmente no início da alfabetização, que não se deve ensinar visando à memorização do alfabeto e, sim o conhecimento e reconhecimento de grafemas e o nome que eles possuem. A criança precisa aprender a ouvir de uma maneira diferente, fazendo associação entre letras e sons.
Quando uma criança já adquiriu a fala, a oralidade, podemos entender que ela possui uma estrutura linguística oral, portanto, está dentro de um processo de aprendizagem formal, a partir deste processo adquirido irá construir um novo processo: a escrita e em seguida a leitura.
Quando uma pessoa não tem uma boa estrutura de linguagem oral, que comporta uma estrutura textual, dificilmente conseguirá ter uma boa estrutura na escrita. Quando apresenta uma oralidade com muitos erros por substituições e omissões, essas trocas aparecerão no processo de aquisição da escrita, é necessário verificar suas estruturas anteriores, ou seja, os pré-requisitos para que a possibilidade de transpor para a leitura e escrita esteja adequada.
O ambiente escolar precisa ser bem organizado e agradável, com espaço para conhecimento significativo, para o lúdico e para o prazer. Pensando assim, pode-se pensar em um cantinho de leitura, uma caixa contendo vários tipos de textos como nomes de pessoas, ruas, panfletos e diversos outros.
O planejamento deverá ser um ponto de partida para o trabalho a ser desenvolvido, sendo ele flexível e dando espaço à ação dos alunos.

MARIA LUCIA SANTOS DE MELO
PEDAGOGA/PSICOPEDAGOGA/
ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO ESPECIAL