VW cria motor 1.0 três- -cilindros para Polo e Golf

A unidade começa a ser produzida em dois anos

Essa nova versão gera 272cv de potência, com propulsor de dois turbos e é bem superior ao motor 2.0 turbo do Golf GTi, de 220cv
Essa nova versão gera 272cv de potência, com propulsor de dois turbos e é bem superior ao motor 2.0 turbo do Golf GTi, de 220cv

A Volkswagen mostrou uma variante esportiva do motor 1.0 TSI, que equipa o Polo e Golf na Europa. Essa nova versão gera nada menos que 272 cv e 27,5 mkgf e foi exibida em um simpósio de tecnologia automotiva em Viena, na Áustria.
Para chegar a esses números, o 1.0 TSI recebeu um turbo de fluxo simples e um outro, elétrico, chamado E-Booster. Juntos, os dois funcionam como um biturbo, mas com entradas e
atuações diferentes. Isso garante uma faixa de torque ‘plana’, com entrada em giros mais baixos, e um deslocamento de peso menor.
Como em turbos duplos os gases vêm de um par de cilindros, os três cilindros desse motor complicariam a operação. Por isso, a VW usou a unidade de um fluxo. Um grande turbo único por sua vez geraria atraso na entrega de potência. É aí que surgiu o sistema com acionamento elétrico, que começa a funcionar no momento exato em que ocorreria a perda.
A nova versão do 1.0 TSI supera – e muito – o 2.0 turbo do Golf GTi, por exemplo, que tem 220 cv. Além disso, se equivale ao 2.0 mais “parrudo”, que a Volks acaba de mostrar, e também entrega 272 cv.
A previsão da montadora alemã é começar a produzir o novo 1.0 em cerca de dois anos.
Na mesma feira, a marca mostrou um novo 6.0 W12, com potência de 608 cv e torque de 91,9 mkgf a 1.500 rpm. Essa enorme força é resultado da grande capacidade volumétrica do motor, algo que não ocorre na mesma progressão com o 1.0, mesmo que tenha torque bem mais alto que o normal em unidades de um litro. Por mais que avance, a engenharia ainda não é capaz de fazer milagres.
Outra novidade marcante do 6.0 W12 é o sistema de desativação de cilindros. Em vez de atuar em duplas, como é comum, pode agir com qualquer combinação – inclusive de números ímpares -, graças ao eficiente trabalho feito para reduzir vibrações, de acordo com a demanda do momento.
Dependendo do carro, esse motor pode fazê-lo acelerar de 0 a 100 km/h em 4 segundos.

Competição
No mundo das competições, os motores menores, que gastam menos combustível, também se tornaram uma exigência. Exemplo é a Fórmula 1 e seus 1.6 turbo com auxílio elétrico e barulho de enceradeira.
Contudo, uma das competições que mais investem nas inovações tecnológicas de motores é o Mundial de Endurance (WEC), que inclui as 24 Horas de Le Mans, na França.
Foi nesta corrida que, no ano passado, a Nissan revolucionou ao mostrar um motor tricilíndrico preparado pela Nismo, sua divisão esportiva, para o ZEOD RC. O propulsor pesa apenas 39,9 kg e, peso ínfimo para um modelo de 1,5 litro. Além disso, gera 400 cv de potência, auxiliado por um turbo de fluxo simples.
Com base nesta unidade de força e em testes que serão feitos na temporada de 2015 do WEC, a Nissan vai moldar o motor a ser usado na nova geração do GT-R, prevista para 2018.