Tem um desastrado aí? Faça o teste

Falta de jeito para tarefas cotidianas pode ser dispraxia

Esbarrar com facilidade em objetos ou pessoas; ter dificuldades de escrever ou para amarrar os sapatos; não ter coordenação para praticar atividades esportivas. Esses são alguns dos sintomas da dispraxia, um transtorno sensorial diagnosticado em algumas pessoas que são vistas como ‘estabanadas’. Sem nenhuma causa cientificamente comprovada, a síndrome pode ser causada por um atraso no desenvolvimento mental, um acidente vascular cerebral ou um traumatismo craniano.
“A praxia é a capacidade de planejar, organizar e executar uma ação. A pessoa que sofre de dispraxia tem dificuldade em fazer uma ou mais tarefas, o que afeta diretamente ações diárias, como por exemplo, usar talheres para comer” – explica Saul Cypel, presidente do Departamento Científico de Neurologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo.
As praxias vão se desenvolvendo de acordo com o crescimento da pessoa. Por isso, quanto mais cedo for diagnosticado o transtorno que afeta a função responsável pela realização de gestos, mais chance há de a pessoa vencer suas dificuldades motoras. A dispraxia é normalmente vista em crianças.

26 - Teste
Uma das maneiras de melhorar os sintomas da doença é por meio da terapia ocupacional. O primeiro passo é a avaliação com testes padronizados para identificar quais alterações sensoriais a criança apresenta e de que maneira elas comprometem as atividades cotidianas em casa, na escola e no lazer
“Durante o tratamento, nós organizamos o processamento sensorial integrando os diferentes sistemas sensoriais. Isso é feito através de atividades lúdicas, realizada em uma sala especial com equipamentos suspensos, materiais que oferecem estímulos táteis, visuais, entre outros, na medida necessária a cada criança. Esses estímulos são integrados aos demais sistemas para ela se organizar e responder de maneira adequada aos desafios do ambiente” – descreve a terapeuta ocupacional Fernanda Carneiro, membro do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 2ª Região.

NM071017_26