Pulse Abarth é esportivo real e sem nenhum escudo da Fiat

O carro, produzido no Brasil, tem desempenho nervoso e visual apimentado

É difícil encontrar um brasileiro que não goste de carros esportivos. E o modelo nem precisa entregar desempenho nervoso – em geral, basta ter estilo. Mas o Pulse Abarth, primeiro carro da divisão esportiva da Fiat feito no Brasil, combina visual e tempero para lá de apimentado. Como é de praxe, o SUV compacto não traz nenhuma identificação da Fiat. Todos os emblemas e adesivos são da Abarth, cujo símbolo é, não por acaso, um escorpião.

No visual, a dianteira é a igual à do, digamos, Pulse “normal”. Porém, o para-choque foi redesenhado, é mais aerodinâmico, com fendas verticais nos cantos. Além disso, grade e molduras são pintadas de preto brilhante, com detalhes que imitam fibra de carbono.

Nas laterais, o perfil é claramente mais baixo, graças ao acerto da suspensão, que reduziu em 10 milímetros a distância em relação ao solo – para 21,7 centímetros. As rodas de liga de 17 polegadas são pintadas de preto brilhante e calçadas com pneus 215/50 R17.

As caixas de roda têm arcos pretos e há faixas adesivas com o nome Abarth na parte inferior das portas. Mas, além do visual e dos ajustes feitos no chassi, suspensão e freios, o Pulse Abarth tem como diferencial a mecânica brava.

A versão com o escudo do escorpião é a única do SUV compacto com motor 1.3 turbo flex T270. O quatro cilindros gera até 185 cv de potência e 27,5 mkgf a partir de 1.750 rpm, com etanol. O câmbio automático CVT simula sete marchas e a tração é na dianteira.

Trata-se do mesmo conjunto das versões de topo dos Fiat Fastback e Toro, além dos SUVs Renegade, Compass e Commander, da Jeep. Porém, apenas o Pulse tem o botão “poison”. Ao acionar o modo “veneno” pela tecla vermelha no volante, o comportamento do Abarth muda totalmente.

O câmbio estica mais as marchas virtuais e faz “trocas” de forma dinâmica. Com isso, os cilindros enchem mais.

Além disso, com os ajustes da suspensão o centro de gravidade foi rebaixado. Isso fica claro nas respostas ao volante. O Abarth não apenas acelera com mais vigor, como é firme e estável em retas, bem como em curvas fechadas contornadas em velocidades altas.

Além disso, a direção fica pesada, o que realça a pegada esportiva. Na prática, o carro entrega o que seu visual promete, e de forma empolgante.

Para ir de 0 a 100 km/h, o carro precisa de 7,6 segundos. Já a velocidade máxima é de 215 km/h. Os números são com apenas etanol no tanque.

Apenas a versão esportiva tem freio de estacionamento elétrico. Como não há alavanca, o console central se prolonga entre os bancos. O acabamento se diferencia pelo friso vermelho que vai de uma ponta a outra do painel. A plaquinha com o nome Abarth no canto direito é um charme.

Os bancos de couro têm costuras vermelhas e o logo do escorpião em baixo relevo nos encostos. A chave com o nome Abarth é outro diferencial.

O pacote de itens é similar ao da versão de topo, Impetus, do Pulse com motor 1.0 turbo flex de 130 cv. Isso inclui multimídia com tela de 10″, internet, conexão sem fio com Android Auto e Apple CarPlay e carregador de celular por indução. Há ainda farol alto e frenagem de emergência acionados automaticamente, e assistente de permanência em faixa.

O único senão é o preço, de R$ 149.990 em São Paulo.

Texto: Diogo de Oliveira/Agência Estado & Fotos: Divulgação