Onix chega à linha 2017 com atualizações

Conteúdo reforçado inclui assistente OnStar de série

A mudança mais aparente está na dianteira, reestilizada para acompanhar a nova identidade visual introduzida no Cruze e Cobalt texto:   Thiago Lasco/ae  | foto: divulgação
A mudança mais aparente está na dianteira, reestilizada para acompanhar a nova identidade visual introduzida no Cruze e Cobalt
texto: Thiago Lasco/ae | foto: divulgação

Desde que conquistou a liderança do mercado, em 2015, o Onix jamais desceu do trono. Porém, para manter o fôlego em vendas, o carro agora recebeu as primeiras grandes mudanças desde seu lançamento, em 2013. Houve reestilização e reposicionamento de versões, alterações também aplicadas ao sedã Prisma. Ambos começam a ser vendidos esse mês.
Agora, o hatch tem preço inicial de R$ 44.890 na versão de entrada, LT 1.0, que na linha 2016 custava R$ 43.390. Não há mais a LS, opção básica até então. Com o motor 1.4, o valor começa em R$ 49.590.
No caso do Prisma, por ora há só o 1.4, cuja tabela inicial é de R$ 53.690.
A mudança mais aparente está na dianteira, reestilizada para acompanhar a nova identidade visual da Chevrolet, introduzida nos sedãs Cruze e Cobalt. Faróis e grade dianteira ficaram mais alongados e horizontais, enquanto o capô e as laterais receberam vincos que aprimoraram a aerodinâmica, de acordo com a marca.
Os para-choques também mudaram, assim como a assinatura luminosa das lanternas traseiras. No sedã Prisma, a tampa traseira foi redesenhada e ganhou um spoiler mais saliente. Nas versões de topo de hatch e sedã, faixas de LED percorrem os faróis, em um discreto flerte com segmentos superiores.
Um dos diferenciais da linha Onix – e razão de compra determinante para 25% de seus consumidores, segundo a Chevrolet – , a central multimídia MyLink foi atualizada e ganhou tela maior, de 7”.
Enquanto a operação da antiga era feita unicamente pela tela sensível ao toque, de respostas irregulares, agora a tarefa é facilitada por botões físicos para algumas funções.
Na cabine, se o acabamento ainda abusa de plásticos duros, os bancos ganharam texturas em relevo – o artifício, já usado no rival Volkswagen Gol, ajuda a disfarçar a
simplicidade.
Além disso, foram resolvidas falhas de ergonomia. Os puxadores de porta, que eram baixos demais e exigiam contorcionismos, agora estão integrados aos apoios de braços – que se prolongam em um pequeno console, onde estão agrupados os comandos elétricos de vidros e retrovisores.

ESSÊNCIA PRESERVADA
Na parte mecânica, as novidades foram bem mais discretas. Quem esperava por motores mais modernos terá de aguardar a próxima geração do compacto. Os propulsores 1.0 e 1.4 não tiveram ganho de potência (abastecidos com etanol, rendem 80 e 106 cv, respectivamente), mas ficaram até 18% mais econômicos, ainda de acordo com a marca.
No caso do 1.4 manual, que recebeu uma nova transmissão de seis marchas, o consumo urbano é de 8,6 km/l (etanol) e 12,5 km/l (gasolina) e o rodoviário, de 10,2 km/l e 14,9 km/l.
Uma nova luz espia no painel indica o melhor momento para as trocas de marcha, também para ajudar o motorista a poupar combustível.
Em movimento, o ganho de dirigibilidade do Onix 2017 veio sobretudo da nova direção elétrica, com respostas mais precisas que as do sistema hidráulico anterior.
Por outro lado, o motor 1.4 continua cumprindo apenas o necessário em termos de desempenho, sem respostas eletrizantes. Nesse quesito em particular, Hyundai HB20 e VW Gol são mais
divertidos.
Com o câmbio manual, de engates precisos, é mais fácil imprimir ritmo às acelerações e obter um bom rendimento do propulsor. A sexta marcha ajuda a poupar combustível em rodovias, mas não chega a trazer grande redução de giro: a 100 km/h, a rotação cai de 3.100 para 2.800 rpm.
Já a opção com caixa automática agrada mais no trânsito urbano, em que tocada é branda e a comodidade se impõe em meio ao anda e para. Na estrada, a transmissão deixa as respostas do carro anestesiadas.
Em retomadas, ela eleva demais o giro na tentativa de extrair potência, o que aumenta o nível de ruído e deixa evidentes as limitações do motor 1.4.
A conquista da liderança do mercado por Onix e Prisma se deu com expressiva ajuda das vendas diretas – que costuma privilegiar versões básicas, para uso de frotistas. Na linha 2017, porém, a Chevrolet reforçou os conteúdos de todas as opções dos modelos, e mesmo o catálogo mais acessível (LT 1.0 sem a central MyLink) passou a contar com itens de série como ar-condicionado, direção elétrica, travas e vidros dianteiros elétricos, sistema de som com porta USB e conexão Bluetooth e banco do motorista com regulagem de altura.
O sistema OnStar também está presente em toda a linha, mas seu conteúdo varia conforme a versão. Na LT sem MyLink, o pacote Safe traz apenas funções de diagnóstico de pressão de pneus e monitoramento e bloqueio remoto do veículo. A LT com MyLink acrescenta o Protect, com conexão automática a uma central de socorro em caso de acidente, enquanto navegador e serviço de concierge são facilidades do pacote Exclusive, reservado à configuração de topo, LTZ.