Oferta de vagas apresenta sinais de recuperação

Programas de aprendizado seguem como principal alternativa para os jovens divulgação
Programas de aprendizado seguem como principal alternativa para os jovens
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O Brasil já enfrenta seu terceiro ano de crise econômica e o principal efeito colateral desse período, o desemprego, continua preocupando o brasileiro. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ao longo de 2016, o país perdeu mais de 1,3 milhão de vagas formais e a fila de trabalhadores desocupados já ultrapassa os 12 milhões. Diante deste cenário, o fantasma do desemprego afeta, sobretudo, a população mais jovem e, consequentemente, menos experiente. De acordo com o IBGE, somente no quarto trimestre de 2016 a taxa de desocupação entre os jovens de 18 a 24 anos atingiu os 25,9%, mais que o dobro da média nacional.
Como alternativa, essa parcela da população tem encontrado nos programas de aprendizado sua principal saí-da para driblar este momento turbulento. Com a vantagem de serem voltados especificamente para estudantes e não exigirem experiência, os programas de estágio registraram recorde de inscrições no último ano, confirmando a alta procura por essa modalidade. E embora também tenham sofrido com os efeitos desse período conturbado, esses postos, ao contrário dos celetistas, já demonstram sinais de recuperação, dando um panorama mais positivo para o jovem que precisa ingressar no mercado de trabalho.
O mercado não está fácil para ninguém: tanto quem busca uma vaga de estágio quanto quem se candidata ao mercado formal enfrenta forte concorrência. Porém, diferente do trabalhador celetista, o jovem que opta pelos programas de aprendizado encontra uma vantagem que vai muito além da não exigência de experiência: o panorama está relativamente mais favorável no que diz respeito à oferta de vagas. De acordo com dados da Companhia de Estágios, apesar do encolhimento dos postos no último biênio, o mercado já dá sinais de melhora.
Para o diretor, esse cenário torna-se mais relevante nesse momento de crise econômica, já que o mercado celetista continua caindo. De acordo com dados do IBGE, somente no segundo semestre de 2016, o Brasil perdeu 821 mil postos com carteira assinada. “Obviamente, com a retração do emprego formal e o aumento no número de desempregados, o mercado convencional torna-se mais acirrado para o jovem que não possui experiência. Assim, os programas de estágio são o melhor caminho para essa parcela da população. E com a retomada desse segmento, melhora também a perspectiva do estudante que está fora do mercado de trabalho e precisa encontrar uma oportunidade”. – aponta Tiago Mavichian, diretor da recrutadora.