Ministério da Saúde anuncia fim do surto de febre amarela

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Com o último caso registrado em junho deste ano, o Ministério da Saúde anunciou, essa semana, o fim do surto de febre amarela no país. A informação foi divulgada pelo ministro Ricardo Barros, em Brasília. Desde o início do surto, em 1º de dezembro de 2016, foram distribuídas 36,7 milhões de doses da vacina pelo país.
“A situação, hoje, está sob controle, mas é fundamental que os estados e municípios se esforcem para aumentar as coberturas vacinais nas áreas com recomendação, seja com a busca ativa de pessoas não vacinadas ou por meio de campanhas específicas, envolvendo também as escolas. Além disso, é necessário manter as ações de prevenção, como o controle de vetor, capacitação de Profissionais da Saúde e intensificação das ações de Vigilância de Epizootias, afirmou o ministro Ricardo Barros.
O ministro disse ainda que, apesar de não ter sido necessário, o Ministério está preparado para fracionar a vacinação se tiver que atender a um grande público em curto período de tempo. A eficácia do fracionamento está sendo testada pela Fiocruz.
Conforme o balanço, a Região Sudeste concentrou a maioria dos casos de febre amarela desde o ano passado, com 764 casos confirmados. A maioria deles na área Leste de Minas Gerais.
O diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, João Paulo Toledo, informou que o surto de febre amarela ocorre em ciclos de 7 anos aproximadamente e, por isso, este já era esperado. Ele explicou que a doença se manifesta em períodos quentes.
“Possivelmente, o aumento desse número de casos ocorreu em áreas onde o vírus não circulava e passou a circular. A febre amarela se comporta em surtos que são cíclicos. A sazonalidade da doença ocorre em épocas de calor, de dezembro a meados de abril. Com o fim da sazonalidade, a expectativa é que diminua o número de casos, disse Toledo.

Vacina para quem tem de 9 meses a 60 anos

Podem ser vacinadas pessoas com idade de 9 meses a 60 anos. Todos os estados brasileiros têm indicação para a vacina. Alguns deles, como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Amazonas e Pará, estão completamente dentro da zona de recomendação. Outros, como Bahia, São Paulo e Paraná, têm somente parte de seu território dentro dessa zona. Além disso, devido ao atual surto, algumas áreas do Espírito Santo estão com recomendação temporária para a vacina.
De acordo com Alberto Chebabo, infectologista do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), da UFRJ, no caso dos idosos há o problema do risco da doença vacinal, que aumenta em pessoas mais velhas. Neste caso seria necessário avaliar os riscos e os benefícios da vacina.
Da mesma forma, gestantes, mães que estão amamentando e crianças menores de seis meses também não devem se vacinar.