Assalto no Aeroporto de Viracopos deixa 2 baleados e fecha rodovia no interior de SP

Amanhã de ontem (17) começou conturbada no Aeroporto Internacional de Viracopos. Um grupo de assaltantes altamente armados invadiu o local para roubar a carga de um carro-forte que embarcaria uma grande quantia em Reais para um banco da Inglaterra. No ato houve muitos tiros, dois vigilantes foram baleados, um deles na orelha e o outro na perna, o Aeroporto ficou parado por 20 minutos e os assaltantes interditaram a SP-75 nos dois sentidos da pista com três caminhões incendiados.
Parte da carga levada foi encontrada pela PM em uma lixeira. A transportadora de valores Brinks, que foi alvo do assalto está levantando as informações de valores levados. Segundo informações os criminosos estavam fortemente armados com metralhadoras ponto 50, submetralhadoras, fuzis, capacetes e coletes. Estima-se que 20 pessoas participavam do roubo, a quadrilha acessou o Terminal de Carga pelo portão E24, usando duas caminhonetes semelhantes a veículos da Aeronáutica. “Esses veículos tiveram os pneus dilacerados na entrada do portão, mesmo assim, seguiram até o pátio do Terminal de Carga e fizeram o assalto portando forte armamento”, disse a concessionária que administra Viracopos. Mais duas caminhonetes os aguardavam do lado de fora.
Três dos suspeitos de cometer o crime foram encontrados pela Polícia Militar próximo ao Aeroporto, eles roubaram um caminhão de lixo durante a fuga, houve troca de tiros, e os três criminosos conseguiram fugir na viatura da GCM. Dois deles acabaram sendo mortos após renderam um serralheiro que consertava um portão, o terceiro entrou em uma casa e fez uma mulher e um bebê de 10 meses reféns, no Residencial Campina Verde, em Campinas. O sequestrador foi identificado como Luciano Santos Barros, ele foi morto por um atirador de elite após duas horas de negociação. A mulher saiu com ferimento na nádega esquerda sendo levada para o hospital da PUC-Campinas e passando por cirurgia e o bebê saiu ileso.
A advogada Alessandra Giradi, que disse representar Luciano Santos Barros, informou que saiu de São Paulo e foi até o local do sequestro para que o cliente se entregasse. Ela confirmou que o homem participou do roubo no Aeroporto de Viracopos.
Segundo o capitão do Baep, no carro-forte alvo dos criminosos havia 22 malotes, o Aeroporto e as lojas do local voltaram a funcionar normalmente após 20 minutos e a pista foi liberada às 12h ficando interditadas por uma hora e meia. Até o fechamento dessa edição, não há mais informações apuradas.

 

Resumo:
• 3 VTR da GM alvejadas;
• 1 VTR da PM alvejada;
• 1 oficial alvejado na perna;
• 2 mala na vala;
• Cerca de 12 malas cercados em uma casa com 3 reféns;
• Os malas ligaram 190 dizendo que tem uma família de refém junto a um nenê e pediram imprensa;
• ROTA e GATE a caminho;

Esse foi o resultado da Guarda Municipal agir no roubo de hoje em Viracopos:

• 2 fuzis modelo HK47
(Calibre 7.62)
• 2 pistola modelo Glok
(Calibre .40)
• 2 pistolas modelo PT938
(Calibre .380)
• 1 Fuzil modelo Barret
(Calibre .50)
• 1 capacete balístico do exército.
• Centenas de munições calibres 7.62
• Diversas munições Calibre.50
• Diversas munições calibre .40
• Diversos carregadores de fuzil
• Os dois malotes ainda lacrados.
• Resgate de um Sargento da PM refém dos bandidos.

 

Como foi o assalto em Viracopos
Os criminosos interceptaram, no pátio interno do terminal de cargas, um carro-forte que carregava uma grande quantidade de dinheiro e iria ser embarcado em um avião da transportadora UPS. Para chegar até lá, usaram carros clonados. As informações são de uma de fonte ouvida pela TV Globo. “A quadrilha acessou o Terminal de Carga pelo portão E24, usando duas caminhonetes semelhantes a veículos da Aeronáutica. Esses veículos tiveram os pneus dilacerados na entrada do portão, mesmo assim, seguiram até o pátio do Terminal de Carga e fizeram o assalto portando forte armamento. A quadrilha fugiu utilizando duas caminhonetes que aguardavam do lado de fora.”, diz nota enviada pela concessionária que administra Viracopos.
A Aeronáutica informou que o veículo utilizado no assalto não pertence à Força. Ao menos parte da carga foi levada, segundo essa fonte. A transportadora de valores Brinks, que foi alvo do assalto, disse, em nota, que “está colaborando com as autoridades competentes para apuração do ocorrido”.
Dois funcionários da Brinks foram baleados, um na orelha e outro na perna. Além deles, um terceiro trabalhador da empresa ficou ferido. Segundo a Brinks, todos foram encaminhados para o Hospital Municipal Dr. Mário Gatti e passam bem.

 

Atrasos em voos
A Azul informou que, devido ao assalto, alguns voos da companhia registraram atrasos nos pousos e decolagens em Campinas. “A Azul ressalta que o aeroporto já foi reaberto, mas lamenta eventuais aborrecimentos ocorridos a seus Clientes. A companhia reforça também que está prestando toda a assistência necessária, conforme prevê a resolução 400 da Anac”, diz nota.

 

Relatos de testemunhas
A vigilante Denise Morsi da Costa havia ido buscar o filho no aeroporto quando tudo aconteceu.
“Todo mundo saiu correndo, o maior tiroteio. Entramos numa empresa e ficamos até cessar, uns 10, 15 minutos. Agora a gente não pode sair do aeroporto. Segundo informações, a gente não pode sair”, contou.
O taxista Wilson Santos conta que os tiros deram início à correria. “Tiroteio, um corre-corre, de repente ficou tudo vazio aqui. Foi um barulho forte, assustou todo mundo aqui”, contou.

 

Desvios no trânsito
Para quem está no sentido Campinas, a concessionária AB Colinas, que administra a Santos Dumont, desvia o tráfego pela SP-324, que dá acesso ao aeroporto. Não há congestionamento.
Já no sentido Indaiatuba, são duas opções de desvio: no retorno do km 69 ou embaixo do viaduto no km 67. Neste sentido, há três km de congestionamento.

 

Outros assaltos em Viracopos
Em março de 2019, um avião da Lufthansa foi roubado em Viracopos. Em apenas seis minutos, criminosos armados com fuzis levaram US$ 5 milhões em espécie. O avião havia partido de Guarulhos e fazia escala em Campinas antes de ir à Suíça.
Pelo menos outros seis crimes dentro do aeroporto e nos arredores tiveram repercussão desde outubro de 2012 – mês anterior ao início da gestão feita pela iniciativa privada no terminal.
Entre os casos, estão o roubo de uma carga milionária de processadores de aparelhos de telefonia celular, em fevereiro de 2015.

 

Fotos:

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