Ser mãe de primeira viagem na faixa dos 40 anos deixou de ser raridade. Mesmo que a gravidez venha de forma inesperada, como aconteceu com a Lígia (Débora Bloch) de ‘Sete vidas’, hoje em dia, muitas mulheres “padecem no paraíso” mais tarde. Como a professora de Educação Física Celma Souza, de 41 anos, que adiou o sonho da maternidade com o objetivo de se firmar na carreira primeiro.
“Pensei em ter um pouco mais de estabilidade, uma casa própria, deixar a criança vir em um momento de tranquilidade. Estou nas nuvens”, comemora Celma, que deu à luz Maisa, de apenas 1 mês, aos 40 anos.
Seja em prol do trabalho, por não ter encontrado o homem certo mais cedo ou até mesmo porque o relógio biológico bateu e chacoalhou o sentimento maternal, o certo é que a gravidez tardia vem coroar uma nova fase da mulher madura. Conheça as histórias de mamães corujas e lobas ao mesmo tempo!
Marcelle Carvalho
Repórter que assina esta matéria
“Minha brincadeira preferida sempre foi a de mamãe e filhinha. Aos 11 anos, ganhei uma boneca que parecia uma bebê e fiquei encantada. Tratava como minha filha, trocava fraldinha, roupinha, saía à rua com ela nos braços. E, várias noites, como o velho Geppeto da história do ‘Pinóquio’, pedia a Deus que, ao acordar, ela estivesse ali, de carne e osso. Claro que, no fundo, eu sabia que isso só acontecia nas histórias infantis. O tempo passou, mas a vontade de ser mãe nunca esmoreceu. Mas a vida não quis que eu tivesse filho antes dos 30 anos, porque só fui encontrar o homem certo aos 31. Há cinco meses, me tornei a mulher mais feliz do mundo: carrego em meu ventre Isabel, a bonequinha que sempre quis ter. E, hoje, aos 39, percebo que ela não poderia ter vindo em época melhor. Estou mais segura, mais certa do que quero, com alguns medos, claro, mas sem pavor. E com o melhor homem que poderia dar a ela como pai”.