Laurinha sofre com paralisia cerebral após suposto erro médico

Caso aconteceu no Paraná e, agora, a família busca ajuda através da Internet

Laura Galvão Almeida, de somente 2 anos de idade, sofre há meses as consequências do que, segundo a família, foi um terrível erro médico. A menina foi levada às pressas em maio para o pronto-socorro de um hospital na região metropolitana de Curitiba (PR) com um quadro que sugeria pneumonia. Laura, na sala de emergência, precisou de intubação, sofreu uma parada cardíaca e ainda teve falta de oxigenação no cérebro por mais de 40 minutos. Como consequência, a criança – que entrou andando e falando no hospital – atualmente tem paralisia cerebral.

Erro
“Deu parada cardíaca e diagnosticaram ela com pneumotórax. Fizeram um buraco pra tirar ar do pulmão, estava quatro, cinco vezes o tamanho dela. Um entra e sai de médico. Ela ficou de 28 a 48 minutos sem oxigênio”, recordou o pai Jhonatan Fogaça de Almeida.

“Foi uma caminhada até agora”, prosseguiu. “No começo ia entrar em óbito, todos os dias a gente tinha medo. Foram 26 dias na UTI entre a vida e a morte. A Laurinha conseguiu viver, tá batalhando e amanhã vem pra casa. Só que a Laurinha ficou especial, não faz muitas coisas. Ela abre o olho bem pouquinho, mas não enxerga. A gente não sabe se ela ouve. Ela tem algumas reações involuntárias na perna. Pra nós é tudo novo”, explicou em entrevista à Banda B.

Vegetativo
Fogaça tem certeza de que a inexperiência e negligência são as causas mais prováveis daquilo que aconteceu com sua filha. De acordo com ele, Laura está em “estado vegetativo”.

“Colocaram um [médico] residente para intubar minha filha e ele rasgou ela por dentro… laringe, faringe, e evoluiu para pneumotórax. Minha filha, hoje, está em estado vegetativo, respira 24 horas por aparelhos”, afirmou Jhonatan Fogaça de Almeida. “Na troca de plantão, foram intubar minha filha e não nos comunicaram sobre. Nisso, tentei entrar na sala, mas me impediram. Colocaram um residente para intubar minha filha e ele rasgou ela por dentro. Agora, ela está se alimentando por sonda, sendo que falava, andava e enxergava”, lamentou.

“O próprio hospital disse que quem fez o procedimento não foi alguém habilitado. Infelizmente, o quadro é irreversível”, disse.

Ajuda
Agora, a família busca ajuda de várias formas, sobretudo pela internet e redes sociais, para adaptar Laura à sua nova situação. Além dos remédios e dos cuidados diferenciados, a menina precisa de alguns equipamentos de custo elevado para manter um mínimo de conforto no seu dia a dia.

Aqueles que quiserem ajudar podem acessar o site vakinha.com.br ou buscar informações através do TikTok @sonhador202 ou chave Pix3040690@vakinha.com.br

No Brasil, seis pessoas morrem por hora em decorrência de erros médicos

Diariamente a Justiça brasileira recebe cerca de 100 processos por erro médico. O número coloca o país em segundo no ranking mundial de ações judiciais contra profissionais de saúde, atrás apenas dos Estados Unidos.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada minuto cinco pessoas morrem ao redor do mundo por algum erro médico, no Brasil o número é de seis pessoas a cada hora.

No entanto, caracterizar um erro médico não é um processo fácil, o fato de um procedimento estético, por exemplo, não ter saído exatamente como o paciente queria pode não ser considerado erro. A linha é tênue e cada caso deve ser analisado individualmente. O advogado Lucas Braga dá dicas de como se precaver: “Sempre procure outra opinião, outro hospital, outra clínica. Guarde toda a documentação, todos os laudos e exames que forem realizados, guarde tudo. O primeiro foco é a saúde, o segundo é procurar outra opinião e o terceiro é ficar atento à documentação”.

Ao lado, uma imagem da menina Laura Galvão Almeira, 2 anos, que sofre com paralisia cerebral por um suposto erro médico ocorrido em um hospital na Região Metropolitana de Curitiba, no Paraná (Veja a reportagem acima).

Fotos: Arquivo Pessoal & Reprodução Tik Tok