Harley-Davidson Fat Boy fica melhor com o novo motor

O personagem de Arnold Schwarzenegger em ‘O Exterminador do Futuro 2’ certamente daria um jeito de voltar se soubesse que a atual Fat Boy seria tão melhor que a primeira, utilizada no filme há 28 anos. A nova geração da Harley-Davidson, montada em Manaus, tem motor 114 e tabela de R$ 76.480.
Uma moto como esta, com pintura em dois tons, custa R$ 77.730. Há também um kit com encosto para garupa e rack para carga, que sai a R$ 4.038. Com ele, a moto chega a R$ 81.768.
Toda nova, a Fat Boy traz as mudanças que foram implementadas a toda a linha Softail: chassi 15 kg mais leve e suspensão traseira monochoque escondida (com ajuste por um seletor na lateral direita).
Na dianteira, há garfos Showa, que usam uma válvula de dupla vazão na passagem de óleo – para controlar a velocidade de compressão e retorno das molas. A velocidade do trabalho é alterada pela necessidade de amortecimento exigido pelo tipo de piso. Isso melhorou sensivelmente a absorção de impactos, apesar do curso curto (130 mm).
No visual, a moto está mais moderna, porém sem abrir mão de detalhes tradicionais. Os formatos de tanque e guidom foram mantidos. O farol redondo ganhou moldura quadrada e agora tem luzes de LED. As rodas, que antes tinham furos nas extremidades, trazem apenas chanfros.

EM MOVIMENTO
O novo V2 rende 16,1 mkgf de torque (a Harley não divulga dados de potência), que ficam disponíveis desde as rotações mais baixas. O ponto forte desse motor, comparado ao anterior, é a redução do nível de vibração, graças à introdução de dois balancins.
O calor que chegava às pernas do piloto também foi amenizado na moto renovada.
Nesse caso, a melhoria foi obtida graças ao arrefecimento misto com óleo no cabeçote. Esse componente, aliás, agora tem quatro válvulas, ante as duas do modelo anterior. Isso deixou o funcionamento do motor mais suave e melhorou as acelerações.
O câmbio de seis marchas tem engates longos e imprecisos. Já o novo chassi deixou a moto mais estável e equilibrada nas curvas. Ela até poderia estar mais ágil nas mudanças de direção se não fossem os pneus mais largos (240 mm atrás e 160 mm na frente).
O formato do banco deixou a moto mais confortável para o piloto em longos trechos.