Fazer o rascunho do IRPF 2018 reduz riscos da Malha-Fina

texto: DSOP Educação Financeira

Os contribuintes pessoa física já podem se organizar para declarar o Imposto de Renda em 2018, referente aos dados de 2017, o melhor caminho é o preenchimento Rascunho do IRPF, aplicativo útil para evitar erros e não cair na malha-fina.
Lançado em 2014, o rascunho, como o próprio nome diz, é um ambiente no qual o contribuinte pode elaborar uma antecipação da declaração, registrando as informações ao longo do ano, de modo que nenhum detalhe seja esquecido.
“O ideal seria que a pessoa já tivesse preenchido esse rascunho do IRPF durante todo o decorrer de 2017, anotando detalhes como empréstimo de dinheiro a outra pessoa. Pois se esquecer de declarar isso e não informar esse valor, o contribuinte poderá cair na malha fina”, exemplifica Richard Domingos, diretor executivo da Confirp Consultoria Contábil.
Na avaliação dele, o aplicativo é importante principalmente para aqueles que têm dificuldade para organizar todos os documentos antes do prazo oficial de envios.
“Uma reclamação constante dos contribuintes é que tinha um período de tempo muito curto para montar a declaração e obter todas as informações, agora isso não é mais desculpa, pois terá mais que seis meses para elaborar esse rascunho, simulando o preenchimento no programa da declaração IRPF, que será liberado para os contribuintes em março”, explica Domingos.
E de acordo com a Receita Federal, algumas novidades do rascunho que já podem ser utilizadas são referentes à informação sobre doações; inclusão do CPF do responsável pelo pagamento; inclusão de rendimentos isentos de lucro na alienação de bens; e inclusão de função para alteração da palavra-chave.
A ferramenta da Receita Federal pode ser instalada nos microcomputadores ou nos dispositivos móveis, como smartphones e tablets. E para utilizar o procedimento é muito simples, bastando acessar o site da Receita Federal para baixar o rascunho.
Posteriormente fazer a identificação, informado os dados do contribuinte, como nome, data de nascimento título eleitoral, entre outros. No restante serão inseridas informações conforme a declaração, informando os terceiros (dependentes), registrar os rendimentos do titular: tributáveis (recebidos de pessoa física, jurídica e com exigibilidade suspensa) e isentos ou não tributáveis.
Após isso, o contribuinte tem a opção de inserir os pagamentos (efetuados, doações e imposto complementar). E por último existe o tópico de bens ou dívidas.
O aplicativo do Rascunho IRPF envia, ainda, alertas sobre a mudança da situação da declaração do imposto. Mas, segundo o Fisco, antes da utilização, é preciso se cadastrar no eCac e ativar o serviço ‘Acompanhar Declarações’.
Domingos comenta que deve haver cuidado nas informações que são inseridas nesse rascunho. “Não se sabe qual será o acesso e utilização da Receita às informações que forem passadas a esse rascunho, assim, quando se mexe muito nos dados ou altera fazendo projeções, esses poderão ser considerados pelo governo no futuro”, finaliza.