Faça atividade física contra doença intestinal crônica

Exercício físico: benefício para todos, mas ainda maior para pacientes com doença intestinal foto:divulgação
Exercício físico: benefício para todos, mas ainda maior para pacientes com doença intestinal
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Que a prática regular de atividade física faz bem à saúde não é novidade alguma. Mas, para um grupo específico de pessoas, combater o sedentarismo pode representar uma diferença ainda maior na qualidade de vida. Exercícios realizados pelo menos três vezes por semana, por 30 minutos em cada sessão, podem controlar possíveis complicações de doenças inflamatórias intestinais crônicas.
Em pacientes com retocolite ulcerativa e doença de Crohn, em que há um processo inflamatório do trato digestivo, o comprometimento muscular esquelético é uma importante manifestação extraintestinal da doença inflamatória, explica o educador físico e mestre em Clínica Médica Guilherme Jun. O problema pode levar à perda de massa óssea, aumentando o risco de osteoporose, perda de músculo e baixo índice de massa corpórea.
“A falta da prática regular de qualquer exercício físico só acelera esses comprometimentos, piorando o quadro clínico do paciente quando em atividade da doença”, explica Jun.
Segundo o especialista, diversos estudos envolvendo as doenças inflamatórias intestinais e variadas atividades físicas têm mostrado um grande benefício no controle das enfermidades e para o quadro clínico do paciente. É importante observar que os exercícios são recomendados, desde que essas doenças em questão estejam controladas, e o médico libere.
A doença de Crohn tem causa indeterminada, embora fatores como tabagismo e predisposição genética pareçam influenciar.
Ela evolui com intervalos de melhoras e se manifesta por dores abdominais, diarreia, perda de peso, cansaço e febre, podendo também afetar as articulações.