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No início do ano passado, a Reportagem do Jornal Nova Metrópole esteve no Edifício Colonial, no Centro, e conheceu o pastor Odorino de Souza, na época com 98 anos, responsável por obras de arte dignas de exposição.
Nascido em Jacupiranga, litoral sul do Estado de São Paulo, Odorino veio de um lar humilde. Homem de fé, sua lealdade a Deus é admirável. “Sempre procurei fazer o melhor, pois é isso que o nosso Deus merece”, frisa o pastor adventista mais longevo do Brasil. De acordo com o pastor, o segredo da longevidade é atribuída à fé. Confiar no criador prolonga os dias. No dia 30 de agosto, o jovem senhor comemorou um século de vida. Dias antes, foi homenageado em um culto de ação de graças na Igreja Adventista do Sétimo Dia, em Indaiatuba, onde parentes e amigos se encontraram para saudá-lo.
Odorino morou por oito anos no Edifício Colonial. Perdeu sua esposa, após 67 anos de união. Sem nenhuma atividade e incentivado pelas filhas, dedicou-se à pintura, praticando aulas no próprio prédio ministradas pela professora Maria Teresinha de Campos Ambiel. Coberto de lembranças da sua fiel companheira, mudou-se para outro apartamento, na Vila Suíça, mas continuou a pintar. Seus quadros decoram as paredes do imóvel. Recentemente, aconteceu a terceira edição de uma exposição de quadros de Odorino e mais três alunas. Para quem quiser conhecê-los, as obras continuam expostas. “Ele é um aluno muito aplicado. Não é de faltar. Aqui é um ambiente gostoso, sempre conversamos e pintamos”, conta a professora. E, quem diria que com um incentivo dos familiares, iria se descobrir um grande dom que servira de espelho para todos que estão ao seu redor. “Nunca pensei em pintar. Mas hoje eu gosto bastante”, advertiu.