Exercícios para prevenir e tratar a incontinência urinária

Fazer atividades diariamente ajuda a fortalecer assoalho pélvico

“Perder urina não é normal”. A fala é unânime entre os especialistas em incontinência urinária, problema que afeta principalmente as mulheres, e é visto por muitas pessoas como um processo comum do envelhecimento. Uma de suas causas é a diminuição da concentração do colágeno no corpo (responsável por sustentar a uretra e a bexiga), o que enfraquece o assoalho pélvico. Nestes casos, o distúrbio pode ser prevenido e até tratado (somado a outros métodos) com exercícios simples, que devem ser feitos todos os dias.
“Estas atividades ajudam a fortalecer o assoalho pélvico, evitando a flacidez comum com a perda de colágeno” – explicou a ginecologista estética Tereza Machado.
O distúrbio é caracterizado pelo escape de xixi durante atividades que envolvam algum tipo de esforço, como levantar um objeto. Quanto mais avançada a idade, maior a possibilidade de desenvolver o distúrbio. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), 7% das mulheres entre 20 e 39 anos têm incontinência. Dos 40 aos 59 anos, 17% relatam episódios; entre 60 e 79, são 23%; e acima dos 80 anos, 32%.
“A incontinência atrapalha a qualidade de vida, pois a pessoa, a qualquer momento, pode perder urina de forma involuntária. O problema pode surgir em qualquer faixa etária, até no sexo masculino” – disse Alfredo Canalini, membro da SBU.

Fatores de risco e outros tipos de tratamentos

Além da idade, a incontinência urinária tem outros fatores de risco, como estar grávida, fumar e ser obeso.
“Quando a pessoa acima do peso tosse, a força sobre a bexiga é muito maior do que a de alguém magro. Mesmo que a pessoa obesa tenha os mecanismos de fechamento da uretra normais, a pressão durante uma tosse será muito maior do que a capacidade de a uretra aguentar. O mesmo vale para mulheres grávidas” – comentou o médico.
Para diagnosticar o problema, é preciso procurar um uroginecologista assim que for percebida a perda involuntária de urina, como afirma Samantha Condé Rocha, membro da Comissão de Uroginecologia e Cirurgia Vaginal da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo): “o especialista provavelmente pedirá que seja feito o exame de urodinâmica (que estuda todas as fases do ato de produzir, transportar e excretar a urina), que é o mais criterioso e indicado para o diagnóstico”.
O tratamento pode ser feito por meio de medicamentos, cirurgia e estimulação elétrica, além do fortalecimento da região pélvica por meio de exercícios.
“Nas minhas pacientes, faço a revitalização de vulva com o rejuvenescimento vaginal. Os resultados começam a aparecer na segunda sessão” – garantiu Tereza.