Diagnóstico precoce é a melhor arma

O tipo 2 da doença está crescendo devido ao sobrepeso e sedentarismo

texto: Ana Paula Blower/infoglobo | foto: divulgação
texto: Ana Paula Blower/infoglobo | foto: divulgação

O Dia Mundial do Diabetes, 14 de novembro, é lembrado para alertar sobre os efeitos da doença e a importância do diagnóstico precoce. Cada vez mais, surgem casos do tipo 2, resultado de maus hábitos alimentares e sedentarismo. O Brasil possui atualmente 14,3 milhões de pessoas com diabetes, o que representa 9% da população. Metade delas, entretanto, não sabe que tem o problema.
“O diagnóstico precoce evita complicações da doença. Quanto mais cedo for realizado, melhor o tratamento e o risco de alteração do rim, que é a principal causa de insuficiência renal e hemodiálise no mundo. Além disso, diminui o risco da neuropatia diabética, em que os nervos param de funcionar e, em casos mais graves, leva à amputação.” – comenta o endocrinologista Flavio Cadegiani.
O diabetes mellitus é a elevação da glicose no sangue. Há dois tipos da doença. No tipo 1, a produção de insulina do pâncreas é insuficiente. Os portadores precisam de injeções diárias de insulina. No tipo 2 (cerca de 90% dos casos), a insulina está presente no organismo, mas sua ação é dificultada pela obesidade. Por ter poucos sintomas, na maioria das vezes permanece por anos sem diagnóstico.
“A doença está acometendo cada vez mais cedo. Já estamos recebendo adolescentes obesos com diabetes do tipo 2. A adoção do estilo de vida e alimentação saudável são medidas extremamente importantes na prevenção da doença.” – alerta Rodrigo de Oliveira Moreira, da diretoria da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

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