Cuidados podem evitar problemas de saúde

Aparecimento de doenças virais são os principais riscos

Após o procedimento, deve-se usar pomadas cicatrizantes e esperar a pele se recuperar espontaneamente sem remover as crostas Foto: divulgação
Após o procedimento, deve-se usar pomadas cicatrizantes e esperar a pele se recuperar espontaneamente sem remover as crostas
Foto: divulgação

Na novela ‘A Regra do Jogo’, Juliano (Cauã Reymond), MC Merlô (Juliano Cazarré) e Úrsula (Júlia Rabello), entre outros personagens, exibem tatuagens pelo corpo. Fora da ficção, quem quer fazer um desenho definitivo na pele precisa tomar uma série de cuidados, antes e depois do procedimento, para garantir que a saúde não será prejudicada. Entre os principais riscos, estão a contração de doenças virais, a manifestação de alergias e o aparecimento de queloides.
Segundo a dermatologista Mônica Linhares, do Espaço Saúde Rio, o primeiro passo é escolher um tatuador profissional experiente e certificar-se de que os materiais usados são descartáveis, devido ao perigo de contaminação pelos agentes causadores de hepatites, Aids, herpes, verrugas e micoses.
É importante que a assepsia da pele seja feita corretamente, com álcool 70 e clorexidina, para evitar que bactérias presentes na superfície do corpo entrem no organismo no momento da tatuagem.
Após o procedimento, deve-se usar pomadas cicatrizantes e esperar a pele se recuperar espontaneamente sem remover as crostas que se formam. Além disso, evitar a exposição ao sol, sobretudo nos primeiros 30 dias, previne manchas e reações
autoimunes.
Alergias às tintas podem surgir principalmente nos dois primeiros meses que sucedem a execução do desenho. A resposta imunológica ocorre porque os pigmentos passam a ser reconhecidos como corpos estranhos pelo organismo. No entanto, mesmo que não ocorra problemas com uma primeira tatuagem, a pessoa volta a ficar exposta ao mesmo risco se fizer outras mais tarde.
“Em menos de 5% dos casos, pode haver uma alergia tardia, anos depois de a tatuagem ser feita. Geralmente, ela é induzida por medicamentos, que provocam uma reação cruzada. O paciente precisa tirar a imagem com cirurgia”, explica Fabrício Lamy, professor de pós-graduação em Dermatologia do Instituto Carlos Chagas.
O ideal é evitar tatuar face, colo, pescoço e área da coluna cervical, que são regiões mais propensas a queloides.

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