Como anda o Mercedes-Benz EQS Elétrico

Trata-se o primeiro carro elétrico AMG à venda no Brasil; preço: R$ 1.350.900,00

Primeiro elétrico da AMG à venda no Brasil, o Mercedes-AMG EQS 53 4MATIC+ celebra os 55 anos da divisão de esportivos da marca alemã. O sedã com estilo de cupê tem tecnologias como três telas que se integram no painel, dois motores elétricos que geram o equivalente a até 658 cv de potência e 96,9 mkgf de torque e preço sugerido de R$ 1.350.900

Segundo a marca, como cada motor fica em um dos eixos, a tração é 4×4. O modelo acelera de 0 a 100 km/h em 3,8 segundos e a velocidade é limitada a 220 km/h. As baterias são de 107,8 kWh e a autonomia varia de 526 km a 580 km, conforme o estilo de condução.

Para quem quer mais desempenho, a Mercedes oferece o Dynamic Plus. O pacote sai por cerca de R$ 60 mil e eleva a potência para 761 cv – o torque passa a 104 mkgf. Com isso, o carro pode acelerar da imobilidade a 100 km/h em 3,4 segundos e chegar a 250 km/h.

Embora nossa experiência ao volante tenha sido breve, deu para ter uma ideia do que o Mercedes-AMG EQS 53 4MATIC+ é capaz. Há cinco modos de condução: Slippery (para piso escorregadio), Comfort, Sport, Sport+ e Individual, que permite personalizar as respostas ao gosto do freguês.

No trajeto determinado pela marca, de cerca de 10 km, rodamos no modo Sport+, o mais esportivo. Como é comum em carros elétricos, 100% do torque são entregues imediatamente. Assim, ao pisar fortemente no acelerador, as costas grudam nos bancos de couro sintético. Nos da frente há ajustes elétricos, massageadores, aquecimento e refrigeração.

Como praticamente não há ruído dos motores, o motorista pode acionar o Sound Experience. O recurso simula o ronco de um V6, o que aumenta a sensação de prazer ao dirigir.

A suspensão pneumática deixa o modelo muito estável. Colabora com isso o fato de o pacote de baterias ficar sob o assoalho, o que melhora o centro de gravidade. A direção é leve em manobras e tem respostas diretas em velocidades altas. O eixo traseiro direcional com ângulo de esterçamento de 10° facilita a condução em baixa velocidade e permite encarar curvas rápidas sem sustos.

Aletas atrás do volante permitem ajustar a atuação do sistema de regeneração de energia em frenagens. Assim, o motorista pode deixar o carro mais “solto” ou regular a intensidade das desacelerações.

No visual, o Mercedes-AMG EQS chama a atenção pela queda acentuada na linha traseira do teto. Mesmo assim, atrás há bom espaço para até três pessoas e o porta-malas tem capacidade de 580 litros. Segundo a marca alemã, o coeficiente aerodinâmico (Cx), de apenas 0,23, contribui para a redução do consumo de energia.
De série, há itens como faróis Full-LEDs que ajustam o facho automaticamente, para não ofuscar quem vem no sentido contrário. As rodas são de liga leve de 21 polegadas.

A cabine é um capítulo à parte. O novo modelo é o primeiro a trazer a nova MBUX Hyperscreen. Trata-se de um conjunto formado por três telas que vai de uma extremidade à outra do painel dianteiro.

Ou seja, o quadro de instrumentos é 100% digital e há telas sensíveis ao toque da central multimídia e de outros sistemas. Tanto o motorista quanto o passageiro da frente podem checar e controlar funções como iluminação interna, sistema de navegação e avaliação dos níveis de recuperação de energia, entre outras.
Há espelhamento sem fio com celulares com apps Android Auto e Apple Carplay, comandos por voz e gestos, bem como head-up display, que projeta informações no para-brisa. Nova também é a possibilidade de o modelo receber atualizações remotas do sistema de gerenciamento de bateria.

Aliás, segundo a Mercedes-Benz, com as novas baterias o tempo de carregamento é sensivelmente menor. Em pontos de recarga rápida, é possível garantir 300 km de autonomia, no ciclo WLTP, em cerca de 19 minutos. A marca fez uma parceria com a Enel X para instalação de Wallbox para os donos do EQS com pacote de energia de até um ano ou 5 mil km.

Texto: Jady Peroni, especial para o Estadão | Foto: Divulgação