Caminhar faz bem ao cérebro

Prática ajuda a controlar e aumentar fluxo de sangue para a cabeça

texto: i Cesar Baima /nfoglobo | foto: divulgação
texto: i Cesar Baima /nfoglobo | foto: divulgação

Praticamente todo mundo já ouviu falar que caminhar faz bem à saúde, mas um grupo de pesquisadores da Universidade Highlands do Novo México, EUA, encontrou mais um inusitado benefício da prática. Segundo eles, o impacto dos pés no chão produz ondas de pressão nas artérias que alteram significativamente o suprimento de sangue para o cérebro, podendo ajudar a aumentá-lo.
Antes, achava-se que o fluxo de sangue ao cérebro era regulado de forma involuntária pelo corpo e pouco afetado por mudanças na pressão causadas por exercícios.
Recentemente, cientistas descobriram que os impactos dos pés no chão na corrida geravam forças equivalentes quatro a cinco vezes a da gravidade, que, por sua vez, produziam ondas contrárias à corrente sanguínea nas artérias que se sincronizavam com a frequência cardíaca e o ritmo das passadas de regular a circulação de sangue no cérebro de forma dinâmica.
Os pesquisadores decidiram, então, verificar se algo parecido ocorria nas caminhadas. Para isso, usaram ultrassons para calcular o fluxo sanguíneo nos dois hemisférios cerebrais a partir de medidas tanto da velocidade destas ondas quanto do calibre das artérias carótidas de 12 jovens adultos saudáveis parados em pé ou andando de forma constante em ritmo tranquilo, cerca de 3,6 km/h.
Constatou-se que embora o impacto dos pés no chão na caminhada seja bem menor que na corrida, ela ainda produzia ondas de pressão poderosas o bastante para elevar o fluxo sanguíneo ao cérebro.
“Há uma otimização de ritmo entre o fluxo sanguíneo cerebral e o caminhar. Tanto o das passadas quanto os impactos dos pés” – diz Ernest Greene, líder do estudo.

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