Avaliamos a segunda geração – Audi R8

Modelo chega às lojas em dezembro por R$ 1.170.990

texto: Por Rafaela Borges/ae | fotos: divulgação
texto: Por Rafaela Borges/ae | fotos: divulgação

Indomável. Ou quase, já que os sistemas eletrônicos de assistência à direção estão disponíveis para impedir que os motoristas mais empolgados façam bobagem. A essência é de superesportivo puro-sangue, fruto de uma conjunção perfeita de tecnologia alemã com alma italiana. Em um mundo turbinado, seu V 10 aspirado grita, assusta e emociona. A tração traseira cria um desafio, potencializado pela posição central do motor. E há a bela aparência, com músculos na medida certa, para garantir harmonia. Assim é a segunda geração do R8, que será a principal atração da Audi no Salão do Automóvel, entre os dias 10 e 20, em São Paulo.
Para os puristas da velocidade, o alemão é um sério candidato à principal atração da mostra, já que os esportivos, que costumam ser os grandes chamarizes desse tipo de evento, serão poucos nesta edição.
O R8 será vendido no Brasil a partir de dezembro na versão de topo, Plus, por R$ 1.170.990. O motor 5.2 gera 610 cv e garante ótima relação peso-potência, de 2,6 kg/cv. O segredo dos enxutos 1.580 kg é o sistema de construção batizado pela marca de Audi Space Frame, que consiste no uso de materiais como alumínio e polímeros reforçados de fibra de carbono.
O novo R8 é 50 kg mais leve que o anterior. Ao mesmo tempo, a rigidez torcional aumentou 40%, de acordo com dados da Audi. Além disso, a parte inferior da carroceria recebeu um difusor para melhorar o downforce (que mantém o carro firme ao rodar em alta velocidade). Esses fatores aprimoraram a aerodinâmica.
Na hora de acelerar, o esportivo é brutal desde o momento da primeira pressão no acelerador. Mas é às 3.500 rpm que o motorista sente um tipo de pancada e a aceleração fica mais forte. São virtudes do bom V 10 aspirado, cujos 55,1 mkgf são entregues a altas 6.500 rpm.
O R8 acelera de 0 a 100 km/h em 3,2 segundos e pode alcançar 330 km/h, de acordo com a Audi. Graças, também, ao bom câmbio automatizado de sete marchas e duas embreagens, rápido e muito preciso.
Há ainda uma nova tração integral que pode transferir, conforme demanda, até 100% do torque às rodas dianteiras ou traseiras. O sistema é a principal arma para domar a vontade que o carro apresenta de sair de traseira quase o tempo todo.
Arisco. Dá para sentir a traseira do carro tentando escapar mesmo em linha reta, ao sair da imobilidade e pisar com força no pedal do acelerador. E nas curvas: as travadas e as rápidas. O sistema de tração age imediatamente, distribuindo a força entre as rodas, a fim de evitar que o R8 rode. E avisando: não me desligue, a não ser que você seja um piloto experiente e esteja em uma pista fechada.
Esse Audi com alma de Lamborghini – a base é a do Huracán – é pura diversão. Ele pede para ser controlado, e, baixo, com ajuste fino e firme de suspensão, gosta de fazer curvas.
A posição de guiar é baixa, deixando o condutor muito próximo ao solo, mesmo com o banco ajustado na posição mais alta. O motorista sente muito os impactos com o chão.
O painel de instrumentos do R8 é virtual e configurável, por meio de comandos no volante esportivo. Ali, também estão botões para mudar o comportamento de componentes como câmbio e suspensão, além do ronco que sai do escapamento.
Outro destaque do R8 fica por conta dos faróis a laser, com capacidade de iluminação duas vezes superior à de modelos de LEDs.

O painel de instrumentos é virtual e configurável por meio de botões no volante
O painel de instrumentos é virtual e configurável por meio de botões no volante