A necessidade do retorno ao trabalho de bares e restaurantes

Saúde e higiene sempre foram pontos de atenção para quem trabalha no setor de bares e restaurantes. Evitar contaminação por vírus e bactérias e manter tudo higienizado são e devem ser práticas de rotina nas cozinhas de todo Brasil. Mas hoje é preciso redobrar os cuidados não só na operação, no salão e demais ambientes como também nas relações entre as pessoas. É preciso ter novas regras de convivência entre os funcionários, entre funcionários e clientes e também nas relações cliente-cliente dentro do estabelecimento.
A ABRASEL Associação Brasileira de Bares e Restaurantes criou uma cartilha para orientar quem tem um negócio na área de alimentação com serviços, o que inclui também bares e restaurantes dentro de padarias e hotéis. Nessa cartilha estão as recomendações para uma reabertura segura, assim que ela for permitida em cada cidade.
Há cerca de três semanas, eu, Edvaldo Bertipaglia, participei de uma reunião com proprietários de bares e restaurantes, preocupados com essa situação que se arrasta desde março, não só em Indaiatuba, mas em todo País.
A verdade é que todos estão desesperados. Boletos chegando, dificuldade em conseguir o auxílio, funcionários para pagar, fornecedores, muitos em dificuldade para renegociar aluguel e tantos outros problemas, além do pior: muitos colaboradores do setor já estão desempregados, criando uma dificuldade estrutural e social ainda maior para as cidades.
Atualmente, a maioria dos estabelecimentos está funcionando via Delivery ou retirada, mas isso ainda é pouco perto do faturamento que é preciso ter para se manter aberto.
Por isso, na minha Indicação 854/2020, peço à Prefeitura, que utilize de sua prerrogativa instituída pelo STF e permita que, com a devida segurança e observando as regras de distanciamento, esses estabelecimentos possam pelo menos, colocar bistrôs nas calçadas, para que os clientes consumam um pouco enquanto esperam suas encomendas, aumentando assim suas receitas.
Precisamos cuidar da saúde, mas retomar a economia com consciência e responsabilidade. Não se trata apenas de trabalho, são histórias de vida ameaçadas pela crise que não tem data para terminar. Muitos, assim como eu, no início da Hot Flowers se desfizeram de bens e arriscaram tudo que tinham para empreender e realizar seu sonho. Além disso, esse sonho gera empregos, renda e segurança para muitas famílias.
Atento à essa justa solicitação de reabertura, penso que com algumas medidas básicas de proteção como máscaras para todos e luvas para a equipe, podemos retornar pelo menos as atividades parciais, restringindo o número de pessoas por período, de modo que seja possível uma separação mínima de 2 metros entre as mesas, por exemplo.
As medidas descritas na cartilha da ABRASEL ainda sugerem marcações de distanciamento no chão para o caixa e banheiros; reforço na higienização do pessoal da cozinha e distanciamento entre as bancadas de preparo dos alimentos; álcool em gel instalado nas paredes, balcões e banheiros; cardápio exposto de modo geral, além da suspensão do self service. Inclui também a testagem rápida de Covid-19 para os funcionários a cada 15 dias.
Se a Prefeitura colaborar e contribuir com esses comerciantes no sentido de orientar, fiscalizar e patrocinar esses testes, penso que aos poucos a cidade pode voltar ao normal de forma segura em benefício da população.

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