Ter ‘barriga de chope’ é pior do que estar gordo

Aumento da gordura abdominal aumenta risco de doenças cardíacas

Cervejinha acompanhada de um bom petisco. Deu água na boca? O programa, realmente, é admirado por muitos. Já o resultado que a combinação pode ter, nem tanto: a tal barriga de chope. Muito além da estética, estudo de pesquisadores americanos, canadenses e tchecos, mostra que os efeitos da gordura abdominal excessiva são tão ruins ou piores quanto os da obesidade e do sobrepeso.
Ao analisar dados de mais de 15 mil pessoas, cientistas perceberam que aqueles com obesidade central (gordura acumulada no abdômen) têm o dobro de risco de morte que as com sobrepeso ou obesas.
Para o cardiologista Ricardo Mourilhe, o principal alerta é que essa barriguinha é o início de um caminho perigoso que pode terminar em doenças.
“É um dos sinais da síndrome metabólica, que tem alteração do colesterol, glicose, peso e triglicerídeo. Aumenta, então, risco para diabetes e doenças cardiovasculares. Dentre essas, as de maior risco são enfarte agudo do miocárdio, acidente vascular encefálico e insuficiência renal. Por isso aumentam as chances de morte” – explica Ricardo, presidente da Sociedade de Cardiologia do Rio.
A mudança de hábito, ressalta o médico, é um passo fundamental para diminuir a circunferência abdominal.