Ser uma pessoa legal gera bem-estar – altruísmo

Estudos recentes dizem que característica é programada na mente

texto: Camilla Muniz | foto: divulgação
texto: Camilla Muniz | foto: divulgação

Diz o ditado que é preciso fazer o bem sem olhar a quem. Mas parece que algumas pessoas levam o conselho mais a sério do que as demais, e a explicação pode ser biológica. Segundo dois novos estudos realizados na Universidade de Califórnia, nos Estados Unidos, indivíduos “legais” apresentam atividade mais intensa em regiões do cérebro relacionadas à empatia – capacidade de se colocar no lugar do outro -, o que significa que talvez a generosidade seja uma característica programada.
Tendo nascido ou não com a pessoa, uma questão que ainda divide os especialistas, o altruísmo, ninguém duvida, é vantajoso para a saúde.
“Tudo que se faz com dedicação é melhor. Ao fazer o bem para o outro, a pessoa se sente bem também”, diz a psicóloga Luciana de la Peña, do Espaço Trocando Ideias.
De acordo com o psiquiatra Bruno Machado, médico da Universidade de São Paulo (USP), pesquisas mostram que a realização de atos benéficos ativa o centro de recompensa cerebral de forma semelhante ao recebimento de um prêmio, com a vantagem de o bem-estar provocado ser mais estável e duradouro.
“Algumas pessoas, por terem mais facilidade de ser empáticas, desenvolvem melhor as amizades e, assim, criam oportunidades para elas próprias. Às vezes, quem não é egoísta acaba trazendo um bem maior para si próprio do que para outro indivíduo”, pondera o especialista.
Para Luciana, é preciso estimular os pequenos, desde cedo, a só fazer com os demais o que gostariam que fizessem com eles: “Dar carinho e amor às crianças é importante. É delas que vem um mundo novo”.

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