Saiba os riscos do verão para o corpo

Problemas que a estação pode gerar para quem não se cuida

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O clima de alegria do verão, com o sol a pino e as praias lotadas, esconde diversos riscos ao corpo humano. É preciso estar atento aos cuidados indicados por especialistas para que a estação mais esperada do ano não vire um pesadelo.
O cardiologista José Lima, do InCor e integrante da Comissão de Remoção de Órgãos da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), alerta para o risco de sedentários iniciarem atividades físicas sem o acompanhamento de um médico.
“Com o verão, as pessoas querem perder peso e pegam pesado, mesmo sem preparo. A partir dos 30 anos, homens e mulheres devem ir ao cardiologista antes de praticar exercícios. O problema é ainda maior quando a pessoa adere a uma dieta da moda, já que passará a se alimentar mal. Quando a fre-
quência cardíaca sobe muito rápido, aumenta o risco de ter um evento agudo” – explica.
Os ‘praieiros’ de carteirinha precisam ter cuidado para não terem uma insolação. A falta de água no corpo pode causar até alucinações, de acordo com o neurologista André Lima.
“A dica é se hidratar com frequência. Em casos graves, o paciente pode ser internado e receber hidratação venosa. A pior situação pode levar a um edema cerebral” – afirma o especialista.
Os olhos também podem ficar prejudicados quando entram em contato com os raios solares. Para protegê-los, é preciso usar óculos escuros. E não pode ser qualquer um.
“Eles precisam ter lentes confiáveis, com filtro UV. Entre usar um de má qualidade, como os vendidos em camelôs, e não usar, é melhor ficar com a segunda opção. Isso porque a pupila fica dilatada quando colocamos os óculos escuros e, se não houver a proteção da lente, a radiação atingirá os olhos de forma direta” – diz o oftalmologista.

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Cuidado redobrado com bebês no sol

A foto do bebê de 3 meses que ficou vermelho ao passar protetor solar e acabou internado, em Queensland, na Austrália, deixou pais preocupados em todos os cantos do planeta. No verão do Rio de Janeiro, a apreensão de quem tem filhos pequenos é ainda maior. Especialistas, porém, afirmam que, até os 6 meses, os bebês não devem ter exposição direta ao sol.
“Minha recomendação é não passar filtro solar em bebês até 6 meses. A pele deles é sensível e a superfície do corpo é pequena, então as alergias tendem a ser muito mais sérias do que em crianças mais velhas e adultos. Eles podem ter queimaduras fortes e até correr risco de vida” – garante o dermatologista Murilo Drummond, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
A mãe do bebê australiano, Jessie Swan, contou que o filho não estava no sol, e que a vermelhidão foi causada quando ela levou o bebê ao ar livre após passar um protetor fator 50, de uma ONG que combate o câncer.
“Se o bebê tiver alergia, os pais precisam procurar uma emergência imediatamente. O tratamento pode ser feito com corticoide. Se 10% da superfície corporal estiver queimada, um pediatra terá que vê-lo” – explica Fabrício Lamy, professor do Instituto Carlos Chagas.

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