Roger Abdelmassih pode ter pena aumentada

Roger Abdelmassih, ex-médico especialista em reprodução assistida, preso e condenado em 2014 sob acusação de estupro a mais de 50 mulheres e com pena de 181 anos de prisão, esteve novamente na mira da polícia. As novas denúncias foram feitas em reportagem do ‘Fantástico’, da Rede Globo e foi enviado ao Ministério Público de São Paulo.
Desta vez, além de mais 37 novas vítimas de estupro, houve relatos de experiências genéticas, procedimento proibido em diversos países, inclusive, no Brasil, onde o médico submetia pacientes a um rejuvenescimento de óvulos, ou seja, a substituição parcial do citoplasma do óvulo de suas pacientes, por de mulheres mais jovens.
O caso veio à tona depois da denúncia da estilista Ena Castello, de 42 anos, que recebeu a proposta da Turbinagem de Óvulos minutos antes da coleta dos seus. Por confiar no então conceituado médico, aceitou, mas o procedimento não foi bem-sucedido, o que a fez desistir da reprodução assistida.
Outro caso, foi o da pedagoga Luciana Nassif, onde ao fazer o procedimento, conseguiu ficar grávida de gêmeas, porém, os bebês tinham semanas de diferença. O que se conclui, é que a paciente já estava grávida quando o médico realizou o procedimento. Além disso, a mesma relatou abuso sexual.
A investigação contra Abdelmassih começou em 2008, mas só foi divulgada no começo de 2009, o que acarretou em diversas denúncias contra o médico, que acontecem até hoje. Preso na Penitenciária de Segurança Máxima de Tremembé, o ex-médico que já esteve na lista da Interpol, pode ter sua pena aumentada, conforme as novas denúncias. A Penitenciária é a mesma em que abriga nomes como Alexandre Nardoni, Lindemberg Alves e também o prefeito licenciado de Indaiatuba, Reinaldo Nogueira.