Quando o açúcar fica amargo

Nova técnica de dissolução promete reduzir o consumo

texto: Ramon Tadeu/infoglobo | foto: divulgação
texto: Ramon Tadeu/infoglobo | foto: divulgação

Para muitas pessoas evitar açúcar é uma missão quase impossível. O sabor é agradável e ele pode servir até como calmante caseiro. Porém, o consumo em excesso pode cair literalmente como uma bomba relógio para a saúde. Pesquisadores da indústria alimentícia, porém, encontraram uma maneira de dissolver o açúcar em menor quantidade na composição de seus produtos mantendo o mesmo sabor. A promessa é de que seja feita uma redução de cerca de 40% do que é utilizado hoje.
Se a falta do açúcar faz mal, o excesso também. De acordo com a nutricionista Marcia Daskal, o produto é a forma mais rápida que se tem de fornecer glicose para o organismo e a falta pode gerar
implicações.
“É um componente que auxilia no funcionamento do cérebro, da retina e dos rins. A deficiência de glicose pode refletir em dores de cabeça e os olhos começam ficar vertiginosos.” – afirma Daskal.
A nutricionista Alana Sampaio, do Instituto Masan, explica que se o consumo não for moderado, uma série de problemas podem ser desenvolvidos como a obesidade e a diabetes.
“Durante o dia deve se consumir no máximo cerca de seis colheres de açúcar. Geralmente os produtos industrializados têm grande quantidade de doce. O consumo, portanto, deve ser evitado ao máximo e quando feito tem que ficar sempre de olho no rótulo. Lá o açúcar está sempre disfarçado com outros nomes como xarope de glicose, amido de milho e sacarose.” – aconselha Alana.

opiniões divididas

Tratado como um dos vilões da saúde, o açúcar divide opiniões quando o assunto é dieta saudável. Carboidrato altamente calórico, sua função é basicamente dar disposição e energia. Quando a quantidade ingerida passa da conta e as atividades do organismo não são suficientes para absorver essas calorias, elas são revertidas em tecido adiposo.
A nutricionista Marcia Daskal ressalta que o problema está apenas no excesso: “o prazer que sentimos com alimentos de sabor adocicado é inato. Além de fornecerem carboidratos e energia, eles adicionam sabor, deixando alguns alimentos mais apetitosos. Sem abuso, o açúcar entra em uma dieta equilibrada –
afirma.
Já o cardiologista Roberto Chapelin explica que a guloseima pode até irritar a mucosa do tubo digestivo e gerar doenças crônicas como diabetes, doenças cardíacas e a formação de cálculos na vesícula biliar.
“É possível que uma pessoa fique insatisfeita com a aparência e o acúmulo de gordura é
prejudicial”.

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