‘Planeta dos Macacos: A Guerra’ estreia

 No terceiro filme da trilogia, Cesar reina soberano

Longa finalmente abandona o lado dos homens do conflito e foca todaLonga finalmente abandona o lado dos homens do conflito e foca toda a sua atenção nos primatas  a nível nunca visto a sua atenção nos primatas  a nível nunca visto
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A melhor coisa sobre a renovada trilogia de ‘Planeta dos Macacos’ sempre foi o macaco. Impressionante em nível técnico e dramático, essas criaturas feitas com captura de movimento – que representam chimpanzés inteligentes, mesmo com alma, gorilas, orangotangos e outros – superam os humanos em termos de conexão emocional com o público. Eles podem não ser pessoas, mas são, em todos os sentidos da palavra, personagens completos.
O mais novo título da franquia, ‘A Guerra’, é meio inapropriado. Embora estabelecido 15 anos após o experimento científico que deu origem a macacos inteligentes e conversadores – e no auge das hostilidades entre esses animais intelectualmente avançados e as pessoas que os subjugaram – o filme inclui menos cenas de batalha do que momentos de contemplação silenciosa e conversas. Vale lembrar que nem todos os macacos realmente falam, muitos ainda se comunicam usando linguagem de sinais. Em um desenvolvimento paralelo, vários humanos perderam a habilidade de conversar – o resultado de um vírus conhecido como ‘gripe símia’.
Tudo isso é explicado para os ‘recém-chegados’ à saga, em pouco tempo, antes da ação começar, onde mostra os macacos instalados em seu acampamento fortificado no norte da Califórnia. Embora os macacos desejem apenas ficar sozinhos, e há um grupo de humanos que está inclinado a deixá-los em paz, há uma incursão de guerrilheiros renegados – liderados por um oficial sanguinário conhecido apenas como o Coronel (Woody Harrelson) que matam alguns dos macacos, membros da família do carismático líder César, um chimpanzé interpretado por Andy Serkis (já conhecido por seu trabalho como Gollum, na franquia ‘O Senhor dos Anéis’), que faz um trabalho mais que espetacular, o que deixa difícil lembrar, juntamente com os efeitos competentes, que o símio não passa de computação e cujo desempenho vocal foi motivo de elogio por toda a imprensa.
O assassinato, é claro, desencadeia uma vingança entre César e o Coronel, cujas tropas terminam por aprisionar muitos dos macacos, para forçá-los ao trabalho escravo, justo quando eles estão se mudando para evitar novos ataques. Entre os capturados: César e seu único filho sobrevivente, o jovem Cornelius (Devyn Dalton).
Com César fora da ação, embora ainda vivo – apesar de ser amarrado a uma estrutura de madeira que lhe empresta a silhueta de um Jesus crucificado – a história muda para um pequeno grupo de macacos ainda em fuga, além de alguns recém-chegados. Este grupo inclui o maravilhoso sábio, Maurice, o orangotango (Karin Konoval, um veterano dos dois filmes anteriores), uma pequena menina humana muda, que ficou órfã (Amiah Miller) e um chimpanzé falador e que se apresenta como ‘Macaco Mau’. Neste último papel, Steve Zahn nos dá uma apresentação memorável, transcendendo uma parte que, de outra forma, poderia ter sido usada pouco mais do que alívio cômico e deixando os telespectadores com uma sensação de compaixão genuína.
Embora grande parte dessa conexão possa ser atribuída aos ótimos atores – e os magos da computação gráfica – que dão vida a esses personagens não humanos, os elogios também são devido às habilidades de narração do diretor e co-roteirista Matt Reeves, quem fez um excelente trabalho com o anterior filme. Com o retorno do escritor Mark Bomback, Reeves criou um conto emocionante, visualmente deslumbrante e complexo.

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