Pequenos negócios poderão renegociar

Novidades devem ser sancionadas em breve

Atualmente há cerca de 670 mil pequenos negócios com débitos  divulgação
Atualmente há cerca de 670 mil pequenos negócios com débitos
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Uma das mudanças importantes do texto é o aumento do limite máximo de receita bruta para a adesão das pequenas empresas no Simples Nacional, que passa de R$ 3,6 milhões para R$ 4,8 milhões anuais. No caso das microempresas, o teto passa de R$ 360 mil para R$ 900 mil. Já para os Microempreendedores Individuais vai de R$ 60 mil para R$ 81 mil por ano.
“São aumentos ainda tímidos se compararmos ao crescimento da inflação, no entanto, bem-vindos neste momento de desafios para os pequenos negócios”, destaca o presidente do Sescon-SP e da Aescon-SP, Márcio Massao Shimomoto, que frisa ainda o longo período para a entrada destes limites em vigor: apenas em 2018.
Outra novidade muito aguardada pelas organizações optantes pelo sistema simplificado de tributos é a extensão de 60 para 120 meses o tempo de parcelamento de dívidas tributárias.
Recentemente, 668.440 devedores inscritos no Simples Nacional receberam Atos Declaratórios de Exclusão da Receita Federal do Brasil. Sem a regularização desses débitos a exclusão do regime acontecerá a partir do início de 2017. Trata-se de aproximadamente R$ 24 bilhões de débitos previdenciários e não previdenciários com a Receita Federal e a Procuradoria-Geral da Fazenda em todo o país.
Para que isso seja possível, as propostas devem ser sancionadas pelo presidente da República Michel Temer e este parcelamento deve ser regulamentado pelo Comitê Gestor do Simples Nacional.
Para o presidente do Sescon-SP, Márcio Massao Shimomoto, a agilidade destes trâmites é importante para evitar a exclusão de um grande número de empresas do regime. “Se estas organizações estão passando por dificuldades no sistema, fora dele é praticamente certo o fechamento de suas portas”, diz.
Outra ressalva feita pelo líder setorial é a de o aumento do tempo de parcelamento não ser suficiente. “Somente a abertura de um novo Programa de Recuperação Fiscal, que viabilizasse o pagamento com descontos e redução de multas e juros, ajudaria efetivamente as empresas”.