Parar de fumar: sábia decisão

O Brasil é referência pelo êxito nas políticas do combate ao tabagismo Foto: divulgação
O Brasil é referência pelo êxito nas políticas do combate ao tabagismo
Foto: divulgação

A taxa de cessação – percentual de pessoas que deixaram de fumar – aumentou de 48,6%, em 2008, para 53,8%, em 2013, entre os homens com pouca escolaridade (zero a sete anos de estudo). Esse é um dos resultados positivos divulgados pelo Ministério da Saúde, durante a comemoração dos dez anos de ratificação pelo Senado da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco da Organização Mundial da Saúde, criada para conter a epidemia mundial do
tabagismo.
Na maioria dos países, a redução do tabagismo é menor entre as pessoas com menos anos de escolaridade, por razões diversas, como uma maior dificuldade de acesso a informações e ao tratamento.
“O fato de essa tendência não ter se confirmado no Brasil mostra a importância de o tratamento estar nas unidades do SUS, ao alcance da população. Além disso, as campanhas aumentaram a conscientização para os males causados pelo cigarro, o que se reflete em outro dado: 80% dos fumantes querem largar o cigarro”, avalia o pneumologista Ricardo Meirelles, da Divisão de Controle do Tabagismo do Instituto Nacional de Câncer (Inca) e coordenador da Clínica de Cessação do Tabagismo do Grupo COI.
O levantamento do Ministério da Saúde mostra ainda que, entre 2008 e 2013, o percentual de homens com mais de oito anos de escolaridade que pararam de fumar permaneceu estável (52%).

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