Ortopedistas alertam para fortalecimento de ossos

Com estimativa de 2 bilhões de pessoas acima de 60 até 2050, médicos realçam a necessidade
Com estimativa de 2 bilhões de pessoas acima de 60 até 2050, médicos realçam a necessidade

Com estimativa de 2 bilhões de pessoas acima de 60 anos até 2050, médicos apontam para a necessidade de cuidar da saúde dos ossos desde cedo. Segundo pesquisas recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), a população mundial com mais de 60 anos vai chegar a 2 bilhões de pessoas até 2050, tornando as doenças crônicas e o bem-estar da terceira idade, os novos desafios da Saúde Pública global. E para envelhecer com qualidade de vida, preservando ao máximo as articulações, a dica é começar a ser exercitar a partir de agora.”
O exercício não é importante apenas para a saúde atual ou para manter a boa forma, é ele que vai permitir, que aos 70 anos não haja dificuldade para sentar e levantar, por exemplo”, conta Sérgio Maurício, Membro Titular da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e Exercício, Membro Titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e ortopedista do Time de especialistas da Maratona do Rio.
Um estudo recente publicado no British Journal of Sports Medicine analisou dados de 11 grandes levantamentos, sobre a saúde e as práticas esportivas de mais de 80 mil britânicos com mais de 30 anos, e idade média de 52 anos. Os dados que foram apurados, entre 1994 e 2008, revelam que mais do que a frequência e a quantidade de um exercício; o tipo de atividade física recomendada hoje, pode fazer a diferença no futuro.
Para Marcio Schiefer, ortopedista responsável pela operação do goleiro Jefferson e membro da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Trauma do Esporte, praticar tênis regularmente promove um bom condicionamento cardiovascular e respiratório, desde que acompanhado de bons hábitos alimentares. Ele destaca que quem não tem um bom condicionamento físico, já é idoso ou tem alguma dificuldade, pode optar por treinar de três a quatro vezes por semana, por 30 minutos.
De fato, não é só a prática de exercícios, que vai garantir ossos saudáveis no futuro. Um estudo publicado no Journal of Bone and Mineral Research, revelou que o que você come hoje, afeta sim a saúde do corpo mais tarde. De acordo com os pesquisadores, após a menopausa, as mulheres enfrentam uma mudança drástica no organismo e na densidade dos ossos, o que aumenta as chances de osteoporose. A pesquisa acompanhou mulheres que seguiam uma dieta anti-inflamatória (que exclui do menu fritura, açúcar e carne vermelha, e inclui frutas, vegetais, peixes e grãos integrais) e compararam a quantidade de minerais e a densidade dos ossos desse grupo, em relação àquelas que não mudaram a alimentação. Os resultados comprovaram a importância da alimentação junto a prática de exercícios.
Márcio Schiefer é formado em ortopedia e traumatologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), fez residência médica em Ortopedia e Traumatologia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) da UFRJ, e especialização em Afecções do Ombro e Cotovelo da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, no Pavilhão Fernandinho Simonsen, com duração de um ano. Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo (SBCOC) e da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Trauma do Esporte (SBRATE).
E Sérgio Mauricio se formou em Ortopedia e Traumatologista pelo Hospital Universitário Clementino Fraga Filho – Universidade Federal do Rio de Janeiro, fez especialização em cirurgia do joelho no Instituto Nacional de Ortopedia e Traumatologia (INTO), e está cursando pós-graduação em Medicina do Esporte . Também fez curso de extensão em Traumato-ortopedia de Cirurgia do Joelho, da Coluna, de Cirurgia do Pé, e de Cirurgia do Ombro e Cotovelo no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (UFRJ).