Novo C63 S é cereja do bolo – MERCEDES-AMG

Versão de topo do sedã chega às lojas em julho

O esportivo chega ao Brasil com motor V8 biturbo de 510 cv, câmbio automatizado de sete marchas e preço acima de  R$ 600 mil
O esportivo chega ao Brasil com motor V8 biturbo de 510 cv, câmbio automatizado de sete marchas e preço acima de R$ 600 mil

A cereja do bolo. Assim é a versão S, de topo, do Mercedes-AMG C63, que estreia neste mês na Europa e em julho no Brasil com motor V8 biturbo a gasolina de 510 cv, câmbio automatizado de sete marchas e preço acima de R$ 600 mil. No fim do ano chega a opção mais simples, que se diferencia por detalhes, como o desenho das rodas, o acabamento interno e a ausência da letra ‘S’ no nome, o que significa que seu ‘vê-oitão’ tem ‘apenas’ 476 cv.
As configurações esportivas vão se juntar às irmãs comportadas do sedã alemão, cuja nova geração estreou no país no fim do ano passado. Para essas, que também fazem parte da linha 2015, há os quatro-cilindros 1.6 e 2.0 com potências entre 156 e 211 cv.
Revelado durante o Salão de Paris, em outubro de 2014, o C63 S traz o mesmo trem de força do AMG GT, modelo de topo da gama de esportivos do grupo. Na prática, o três-volumes, que pesa 1.655 quilos, pode acelerar de 0 a 100 km/h em 4 segundos – a velocidade máxima é limitada a 250 km/h, mas um pacote opcional permite liberar toda a ferocidade do sedã e levá-lo a 290 km/h.
De acordo com informações da Mercedes, o novo motor é até 32% mais econômico que o anterior. Um dos segredos do bom resultado é que os dois turbos são montados na parte interna da bancada de cilindros, o que contribui para suas dimensões compactas e melhor aproveitamento energético.
Com isso, o V8 já está em conformidade com o limite de níveis de emissão do Euro 6. A nova fase do programa de controle de poluição por automóveis na Europa só entrará em vigor no ano que vem.
O ronco e as respostas de motor, câmbio, amortecedores, controle de estabilidade e direção variam conforme o modo de direção escolhido: Comfort, Sport, Sport+ e Race. Há ainda uma opção personalizável.
Nos modos esportivos, o escape produz, nas reduções, estampidos típicos dos carrões dos anos 70 com carburador.
O câmbio garante trocas rápidas e sem trancos. Há hastes para mudanças manuais atrás do volante com regulagens elétricas, de base reta e revestido de couro com costuras vermelhas, assim como os bancos.
Essa caixa gerencia bem os 71 mkgf. A 120 km/h, dá para reduzir da sétima para a segunda marcha mantendo a mesma velocidade e sem trancos.
Para quem gosta de fortes emoções, o C63 S traz controle de largada. Ao manter o giro do motor alto e reduzir o tempo das trocas de marcha, permite arrancar com ferocidade e transforma o sedã em um carro para as pistas. O bloqueio do diferencial traseiro impede que as rodas girem em falso.
O sistema de suspensão, com várias peças de alumínio, é praticamente o mesmo do GT. O da dianteira é four-link com braços radiais e o traseiro, multi-link independente. O resultado é um comportamento dinâmico exemplar.
As curvas podem ser contornadas em alta velocidade sem que ocorra perda de aderência. O mérito é também dos pneus largos (245/35 na dianteira e 265/35 na traseira) calçados em rodas de 19 polegadas.
Mesmo os que não têm muita familiaridade com esportivos ficarão bem amparados a bordo desse AMG. Os vários controles eletrônicos, como os de tração e estabilidade, entram em ação de forma quase imperceptível e corrigem qualquer barbeiragem.
A segurança também é garantida pelos freios com discos de carbono-cerâmica de 390 mm, que têm a metade do peso dos convencionais e suportam temperaturas até 1.700°C. Opcionalmente há os de 402 mm.
Na cabine, o acabamento, que inclui alcântara, metal escovado e polido, além de couro, é caprichado e de muito bom gosto. Mas há pênaltis.
É o caso da tela do sistema multimídia. Como nos demais Classe C, destoa dos instrumentos a ponto de parecer que foi colocada depois que o projeto do carro já estava pronto.
A chave de ignição também causa estranhamento – a partida por botão agregaria charme e faria mais sentido em um carro esportivo e dessa faixa de preço. Além disso, é idêntica à de modelos menos glamorosos, como a van Sprinter. (T. O.).