Ministério libera vacinação antecipada – grupos de risco

Surto antecipado regista 305 casos de infecção

Diante da antecipação do surto de gripe H1N1 identificada em São Paulo, o Ministério da Saúde vai permitir a antecipação da vacinação contra a doença. Ao contrário do que ocorria em outros anos, Estados interessados poderão começar a imunizar grupos considerados mais vulneráveis antes da campanha nacional, que terá início em 30 de abril.
Assim que o imunizante começar a chegar nos Estados, a vacinação já poderá ser feita, a critério de cada governo. Em São Paulo, o primeiro lote está previsto para ser liberado nesta sexta-feira – nos demais Estados, a partir de segunda.
Cada administração deverá divulgar o calendário que adotará. A estratégia em parte atende a um pedido feito ontem pelo governo de São Paulo. Nos primeiros três meses deste ano, o número de casos registrados de H1N1 já superou o que foi relatado em todo o País entre janeiro e dezembro de 2015. Do começo do ano até o dia 19, foram registrados 305 casos e 46 mortes no Brasil. Em todo o ano passado, houve 141 casos e 36 óbitos. “Foi uma surpresa o surto nesta dimensão. E sobretudo o período”, afirmou o coordenador do Controle de Doenças da Secretaria da Saúde de São Paulo, Marcos Boulos.
Na semana passada, com o aumento do número de casos, o jornal O Estado de S.Paulo solicitou ao Ministério da Saúde o envio de doses da vacina usadas durante a campanha de 2015. Elas foram aplicadas, em caráter emergencial, na cidade de São José do Rio Preto, onde a situação era considerada mais grave. Essa ação teve como objetivo proteger apenas contra o H1N1. Mas os pacientes que receberam o imunizante deverão ainda, em data a ser definida pelo governo, receber o produto mais atual.
O imunizante contra a gripe tem sua composição alterada todos os anos. Ele é feito com base em uma combinação de cepas do vírus da gripe que mais circularam durante o inverno no Hemisfério Norte. Comparando com 2015, duas outras cepas do vírus influenza foram modificadas. “Isso significa que protege contra H1N1, mas não tem a mesma eficácia em relação às outras cepas”, disse Boulos.

Colateral
A antecipação traz um efeito colateral: os efeitos do imunizante se estendem pelo período de um ano. Isso significa que, quanto mais cedo a vacina for usada, mais cedo a pessoa se tornará suscetível. “Temos consciência disso. Mas temos uma fogueira queimando. O incêndio tem de ser apagado agora”, disse Boulos.
A vacina contra a gripe é produzida pelo Instituto Butantã, em São Paulo. De acordo com o Ministério da Saúde, essa é a razão para o governo paulista receber o imunizante antes de outros Estados. No caso do restante do País, o produto é enviado para Brasília, que se encarrega de fazer a distribuição.
Ao todo, serão seis remessas do imunizante. As primeiras três deverão ser feitas entre os dias 1.º e 15 de abril. Nesse período, serão distribuídos 25 milhões de doses, o equivalente a 48% de toda a demanda. São Paulo vai receber neste período 5,7 milhões.
Boulos afirmou que a prioridade na vacinação será dada para grupos de risco na Grande São Paulo – ou seja, para idosos, pessoas com doenças pulmonares ou problemas cardíacos e gestantes.
A mudança da estratégia para vacinação deste ano para H1N1, no entanto, é feita com uma condição. Os Estados deverão reservar pelo menos 30% do total do imunizante para usar no Dia D (30 de abril). O Ministério da Saúde julga indispensável manter a campanha, que todos os anos tem potencial para atingir grande parcela do público-alvo.

COMBATA A H1N1 ATRAVÉS DA ALIMENTAÇÃO

Mais uma vez, a gripe H1N1 é notícia em todas as mídias e os alertas para a prevenção estão constantes. Nas últimas semanas, foi comunicado que o vírus da gripe H1N1 voltou a atingir o Brasil e já assola 11 Estados, principalmente São Paulo. De acordo com o Ministério da Saúde, o País registrou 305 casos da doença até 19 de março. Foram 46 mortes até a data, 10 a mais que no ano passado inteiro.
“Para quem ainda não tem conhecimento, a H1N1 é um vírus da mesma família que transmite a famosa gripe. Ela é transmitida de pessoa para pessoa, especialmente através da tosse ou espirro, e, algumas pessoas podem se contaminar entrando em contato com objetos contaminados”, explica a médica nutróloga Liliane Oppermann.
De uma forma geral, os sintomas dela são semelhantes aos da gripe comum, tais como febre alta, tosse, dor de cabeça, garganta inflamada, falta de ar, cansaço e até diarreia e vômitos.
Pensando na prevenção dessa doença, Liliane Oppermann listou algumas dicas, principalmente ligadas a alimentação, que vão te ajudar a ter mais imunidade para combater o vírus:

– HIDRATAÇÃO: Já não é segredo para ninguém que a água é uma das coisas mais saudáveis do mundo. Beba no mínimo dois litros por dia, porque além de hidratar, ela mantém as vias aéreas úmidas, ajudando no combate ao vírus.

– ALHO E CEBOLA: Esses temperos são grandes aliados na imunidade. O alho tem função imunoprotetora e vem com uma boa dose de selênio e zinco, nutrientes que ajudam muito a evitar gripes e outras doenças. Já a cebola possui quercitina, um potencializador da função imune, que além de prevenir doenças virais, combate também as alérgicas.

– SHIMEJI E SHITAKE: Ambos são ricos em lentinana, um nutriente que estimula a produção das células de defesa, fazendo com que a imunidade aumente.

– VITAMINA C: Ela aumenta a produção de glóbulos brancos, células que fazem parte do sistema imunológico e que combatem doenças como a gripe.

– IOGURTE NATURAL: É rico em cálcio e lactobacilos, que ajudam a melhorar a flora intestinal e fortalecem o sistema imunológico.

– ÔMEGA 3: Presente em peixes como salmão e sardinha, ele auxilia as artérias a permanecerem longe de inflamações.

– OLEAGINOSAS: Todas elas são ricas em vitamina E, que é benéfica por agir no combate à diminuição da atividade imunológica. Dentre elas, temos a noz, amêndoa, castanha, etc.

– VEGETAIS VERDE ESCUROS: Possuem vitaminas A, B6 E B12, responsáveis pela maturação das células imunes, ajudando na resistência às infecções. Podemos citar brócolis, couve, rúcula e espinafre.

Dra. Liliane
Oppermann
A Doutora Liliane Oppermann, CRM 123314, é Médica Nutróloga, com título de Especialista pela ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia) e Ex-Diretora da Associação Médica Brasileira de Ortomolecular (AMBO). É capacitada em Nutrologia Esportiva, Diabetes, Obesidade Infanto Juvenil e em acompanhamento pré e pós Cirurgia Bariátrica. Pós-Graduada em Gastronomia Funcional, Coach pela Sociedade Brasileira de Coaching, Palestrante com diversos temas na área da saúde física, emocional e alimentação saudável para público leigo ou profissionais da área. Desde 2002 se dedica ao Estudo da Obesidade. Elaborou o Método de Emagrecimento Dieta DC em 2008 e junto com a Prática Ortomolecular vem acompanhando seus pacientes.

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