Laço de sangue que faz bem

Ter irmãos traz benefícios à saúde, como o controle do peso

texto: Camilla Muniz | foto: divulgação
texto: Camilla Muniz | foto: divulgação

Eles se colocam apelidos maldosos, brigam por qualquer motivo e resolvem os problemas na base do puxão de cabelo. Apesar de viverem entre tapas e beijos, irmãos fazem um bem enorme à saúde uns dos outros. O controle do peso é uma das vantagens: uma nova pesquisa da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, mostrou que crianças que ganham um irmãozinho ou uma irmãzinha entre os 2 e os 4 anos de idade têm menos chances de se tornarem obesas até os 6.
No estudo, os cientistas chegaram a duas hipóteses. Uma é de que os pais melhoram a dieta dos pequenos quando um novo filho nasce, e outra, de que quem tem irmãos passa mais tempo brincando com eles do que vendo televisão.
Para o pediatra infectologista Paulo César Guimarães, membro titular da Sociedade Brasileira de Pediatria e diretor da Faculdade de Medicina de Petrópolis, esses e outros fatores podem beneficiar as crianças desde que elas sejam preparadas pelos adultos para a chegada de um irmão.
“De repente, a criança passa a ter que dividir a atenção e o amor dos pais com uma pessoa que ela não sabe nem como chegou ali. Então, é importante mostrar que o “reinado” não foi perdido. O irmão veio para complementar a família, mas ela continua com espaço”, afirma.
Os irmãos Thamara, de 24 anos, Leonardo, de 22, e Thayssa Garcia, de 12, não conseguem se imaginar um sem o outro.
“Viver com duas mulheres é meio complicado, mas é bom”, brinca o universitário Leonardo. “Com certeza, traz muita felicidade, que tem tudo a ver com saúde. Sem elas, eu teria um vazio”.
“Como mais velha, ao mesmo tempo que aprendi a compartilhar, criei um senso de responsabilidade, o que me deu maturidade”, diz a engenheira eletricista Thamara.

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