Kubo e as Cordas Mágicas estreia no Topázio

Alguns filmes conseguem compreender toda a mística que cercam uma boa história, entender que o ato de contá-las envolve um poder muito especial, que constrói, de repente, em torno de palavras, letras ou imagens um mundo cheio de fantasia. Kubo e as Cordas Mágicas é um desses exemplos que em pouco tempo consegue envolver seu público em um universo de fantasias que brinda o poder de uma história.
O longa dos estúdios Laika, responsável pelos filmes Coralina e o Mundo Secreto, ParaNorman e Os Boxtrolls, conta a história de Kubo, um garoto filho de um guerreiro samurai e uma poderosa feiticeira. Após perder seu pai, o garoto e sua mãe precisam fugir de seu Avô, um maléfico bruxo, e se escondem em um pequeno vilarejo, onde Kubo vive de contar as histórias míticas de seus pais, no entanto, o garoto sempre está no limite do perigo perseguido pelo lado maléfico da família.
Kubo e as Cordas Mágicas utiliza todo um imaginário acerca da cultura oriental, principalmente do gênero Wuxia, ou seja, as histórias de espada e mágica provindas do Japão, para construir seu universo fantástico. As lendas, mitos e figuras que são facilmente relacionadas a essa cultura estão presentes e são usadas com extremo respeito pelos realizadores do filme. Embora seja uma visão bastante ocidentalizada das histórias orientais, o longa acaba admitindo a universalidade daqueles contos, que pelo próprio cinema, permearam o ocidente.