Fraude durante pandemia

POLÍCIA FEDERAL

Hospital Beneficente Sagrado Coração de Jesus em Monte Mor foi alvo em operação da Polícia Federal sobre investigação de fraudes em contratos na pandemia

Campinas, Artur Nogueira e Monte Mor tiveram endereços vistoriados na ação da Polícia Federal, entre eles um hospital particular. Investigação apura fraude em contratações com recurso federal.

As cidades de Campinas (SP), Artur Nogueira (SP) e Monte Mor (SP) tiveram endereços vistoriados pela Polícia Federal para cumprimento de mandados de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira (21). A ação fez parte de operações que apuram fraudes em contratações e compra de máscaras em Guarulhos (SP) com recurso do governo federal exclusivo para a pandemia da Covid-19.

O cumprimento de mandados da operação, denominada Covil-19, incluiu um hospital particular em Monte Mor que também atende o Sistema Único de Saúde (SUS). Os alvos em Campinas e Artur Nogueira não foram divulgados.

A Prefeitura de Monte Mor informou, em nota, que não é responsável pela gestão do Hospital Beneficente Sagrado Coração de Jesus, procurado pelos policiais. Disse que “somente faz repasse de verbas, por meio de um termo de colaboração anual, aprovado pela Câmara Municipal, conforme exige a Legislação”.

Ao todo foram expedidos 23 mandados de busca e apreensão pela Justiça Federal de Guarulhos durante a investigação de contratações de empresas e organizações sociais com dispensa de licitação, cujo valor total ultrapassa R$ 53 milhões, e compra de máscaras pela Prefeitura de Guarulhos.

“Informações obtidas revelaram que parte expressiva dos valores foi repassada para microempresa sediada em Minas Gerais, todavia, tais valores se mostravam incompatíveis com a capacidade econômica da beneficiada”, afirmou a PF.

Os mandados foram cumpridos em residências, empresas e órgãos públicos em oito cidades de três estados: Guarulhos (SP), Monte Mor (SP), São Caetano do Sul (SP), São Paulo (SP), Três Lagoas (MS) e Teófilo Otoni (MG), além dos três municípios na região de Campinas.

A Polícia Federal investiga os crimes de fraude em licitação, associação criminosa, corrupção, peculato e lavagem de dinheiro.

Fotos: divulgação/polícia federal