Fit chega à linha 2016

A Honda melhorou o custo-benefício com reforço nos itens de série

Foto: divulgação
Foto: divulgação

O Fit caiu no gosto do público brasileiro já em sua primeira geração, aliando desenho simpático, a praticidade de um monovolume e o apelo de ser um Honda, marca muito conceituada entre os consumidores do país. Por outro lado, sempre foi criticado pelo preço elevado.
Como resposta, a marca reforçou o conteúdo das versões do modelo na linha 2016, melhorando o custo-benefício. O motor continua sendo o 1.5 flexível de até 116 cv.
Avaliamos a opção LX, a segunda da gama, que tem preço de R$
66.000 com câmbio automático CVT (com caixa manual, são R$ 60.600). Além de ter ar-condicionado, direção elétrica com ajuste de altura, travas, vidros e retrovisores elétricos, ela ganhou para-brisa degradê, chave do tipo canivete e volante com ajuste de profundidade e controles do som.
Os incrementos foram bem-vindos, mas o custo-benefício ainda não é dos melhores. O Fit LX não tem faróis de neblina, computador de bordo ou central multimídia (só um prosaico rádio AM/FM com porta USB). Para ter acesso a esses itens, é preciso migrar para a opção EX, R$ 4.900 mais cara.
A título de comparação, o rival Citroën Aircross Live oferece conteúdos idênticos aos do Fit LX e 6 cv a mais de potência, por R$ 58.990 – R$ 7.010 a menos. Por R$ 60.390, dá para levar um Peugeot 208 Griffe com ar-condicionado digital, teto panorâmico, seis airbags e central multimídia com tela sensível ao toque. Um Ford Fiesta SE 1.6, igualmente bem recheado e com 130 cv, custa R$ 59.590.
No mais, o ótimo aproveitamento do espaço interno continua sendo um destaque do modelo. Os ocupantes têm fácil acesso à cabine e espaço de sobra para pernas e
cabeça.
Os 363 litros do porta-malas não impressionam, mas a capacidade sobe para 906 litros ao se rebater o banco traseiro – que é bipartido e pode ter apenas o assento levantado, para a acomodação de objetos altos.
No trânsito urbano, o Fit tem condução agradável, com direção leve e suspensão firme na medida certa. O motor trabalha de forma suave, graças ao câmbio automático CVT, que ajuda a mantê-lo em rotações mais baixas – o que ajuda a reduzir o nível de ruído e o consumo de
combustível.
Já na estrada, esse câmbio deixa as respostas ‘chochas’. Quando é preciso acelerar forte para uma ultrapassagem, a rotação do motor sobe e o barulho invade a cabine, mas o carro não ganha velocidade com a ligeireza que se poderia
esperar.

FICHA TÉCNICA

Motor: 1.5, 4 cil., 16V, flexível

Potência (cv)*: 116 a 6.000 rpm

Torque (mkgf)*: 15,3 a 4.800 rpm

Câmbio: Automático, CVT

Porta-malas: 363 litros

*Dados com etanol; fonte: Honda
FIT LX

+PRÓS
ESPAÇO INTERNO: Aproveitamento da cabine é bom, com espaço de sobra para ocupantes e fácil acesso ao porta-malas.

+CONTRA
CUSTO-BENEFÍCIO: Faróis de neblina e central multimídia fazem falta em modelo que custa R$ 66 mil.