Estudantes farão Avaliação Seriada

Pelas normas, o prazo para iniciar é esse ano

Aqueles que não obtiverem a nota mínima definida pelo Ministério da Educação na última avaliação não poderão obter o diploma texto: Aline Leal - Repórter da Agência Brasil | foto: Marcello Casal JR/Agência Brasil
Aqueles que não obtiverem a nota mínima definida pelo Ministério da Educação na última avaliação não poderão obter o diploma
texto: Aline Leal – Repórter da Agência Brasil | foto: Marcello Casal JR/Agência Brasil

A pesquisa divulgada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) mostra que 76% da população brasileira acha bom ou ótimo que os estudantes de medicina tenham que passar por avaliação de conhecimentos durante o curso. Para 91% dos entrevistados, os alunos que não tiverem bom desempenho na prova feita no último ano do curso não devem receber o diploma.
A partir deste ano, alunos de medicina de todo o país farão a Avaliação Nacional Seriada dos Estudantes de Medicina a cada dois anos durante o curso. As avaliações, aplicadas no segundo, quarto e sexto ano serão obrigatórias. Aqueles que não alcançarem a nota mínima definida pelo Ministério da Educação (MEC) na última avaliação não poderão obter o diploma e nem ingressar na residência médica. Do total de entrevistados na pesquisa, 86% consideram as três provas uma medida boa ou ótima.
Para 89% dos brasileiros, devem ser oferecidas aos reprovados as chances de recuperação dos conteúdos perdidos e de refazer todas as provas, incluindo aquelas onde o desempenho foi bom.
Na opinião de 45% dos entrevistados, os médicos estarão melhor preparados para fazer o diagnóstico e tratar os pacientes se tiverem que passar pelas avaliações. Além disso, de forma geral, 90% acham que o nível de conhecimento dos médicos vai melhorar com os testes.
O levantamento também mostra que a população vê a falta de hospitais universitários e de professores qualificados como os principais problemas que interferem na qualidade do ensino de medicina.
Para a pesquisa, feita pelo Instituto Datafolha, foram ouvidos 2.086 brasileiros, com idades a partir de 16 anos, entre os dias 31 de agosto e 3 de setembro de 2016. O estudo ouviu moradores de todos os estados e de todas as regiões do país. Segundo o CFM, a amostra representa a população brasileira adulta e tem margem de erro de 2%.