Entenda os motivos e o que fazer – lambendo a pata

Além do estresse, outras questões podem levar o pet a se mordiscar

texto: Agência NoAr | fonte: Pet Booking | foto: divulgação
texto: Agência NoAr | fonte: Pet Booking | foto: divulgação

Não é raro observarmos um cachorro lambendo a pata ou mesmo mordiscando. Isso costuma ser mais comum em felinos, ato chamado de ‘banho de gato’. Normalmente quando os animais fazem isso, além de deixarem os pelos molhados, formam feridas na região atingida, com tendência à vermelhidão.
Muitos tutores se incomodam com isso e não sabem o que fazer para amenizar a situação. Isso porque, assim como sinaliza um problema psicológico ou algum incômodo na pele, um cachorro lambendo a pata pode resultar em ferimentos graves e complicações físicas. Por isso, é importante saber quais medidas podem ajudar o pet a parar com esse hábito. O ideal é descobrir e tentar sanar a causa do problema antes de se tornar pior.

Como perceber o
excesso de lambedura
• Pata molhada além do normal
• Alguma parte da pata ferida, com falhas localizadas no pelo ou mudança na cor
• Alterações no cheiro da pele ou da pata

O que leva o pet a se lamber, morder ou coçar a pata?
Um dos motivos mais comuns é o estresse ou a ansiedade sentida pelo animal. Assim como muitos humanos têm mania de roer unha, por exemplo, os pets expressam a agonia que sentem por meio de mordidas ou lambidas constantes.
Esse transtorno é chamado de obssessivo compulsivo e o tratamento é fácil e tranquilo, só demanda dedicação do tutor. Geralmente o veterinário indica mais passeios, brincadeiras e exercícios ao cão, de forma a ficar mais feliz e saudável. Afinal o pet precisa de atividade física, independente da raça ou do perfil dele.
Se ele passa muitas horas sozinho é possível ter desenvolvido a ansiedade de separação e sofrer bastante – em especial se a personalidade dele envolve carência e dependência afetiva da família.
Ao deixá-lo sem companhia, o ideal é manter brinquedos e distratores sempre por perto, para brincar e divertir-se um pouco enquanto o dono não volta. Outra opção pode ser uma creche ou canil, onde possa interagir com outros cães e receber estímulos diferentes. Dá até para fazer brinquedos em casa , reciclando objetos simples e sem gastar muito!

hormônios
Poucas pessoas sabem, mas desequilíbrios hormonais, especialmente da tireoide podem acarretar infecções de pele. O hipotireoidismo, por exemplo, e até o excesso de cortisol são ainda possíveis causas da irritação na pata do animal. E nesse caso é claro que a reação dele será lamber ou coçá-la sem parar.
A boa notícia é que problemas na tireoide têm tratamento e pode ser rapidamente, o que reduz o incômodo do pet e cura as feridas causadas por ele.

Problemas de pele
É comum o cão desenvolver certas alergias, seja a alimentos ou a produtos químicos, por exemplo. Quando isso acontece, o corpo se manifesta formando manchas vermelhas e feridas graves.
É preciso investigar o causador da reação alérgica e tratá-lo assim que possível. Dependendo do tipo da alergia, o veterinário pode pedir uma restrição alimentar e exames de sangue e de urina para saber se o motivo é outro. Nesse meio-tempo tente distrair o animal, para não lamber e piorar a situação, podendo evoluir para doença de pele séria.
A pele seca decorre de vários fatores. Um deles é o frio e a falta de umidade no ambiente em que o cão vive. A falta de uma capa de gordura, ou seja, um baixo nível de ácidos graxos no organismo do pet, tende a representar uma cobertura menos brilhante e saudável da pele. Ao sentir necessidade de molhar a pata, a reação natural do cão é lamber.
Isso pode ser resolvido com banhos especiais, usando xampus específicos, além de condicionadores para dar brilho extra e um aspecto mais hidratado. O ideal é deixar esse último agir entre 15 e 20 minutos durante o banho.
A alimentação tem um papel fundamental também no aumento de ácidos graxos e para se obter uma pelagem melhor e mais bonita. O veterinário pode indicar os melhores alimentos para isso, bem como avaliar a principal causa da pele ressecada. Deixar sempre água fresca para o animal é outra questão importante – a hidratação dele vai depender muito do consumo diário, que varia de acordo com o tamanho do cão.
O sol é ao mesmo tempo o melhor amigo da saúde do pet e o maior vilão. Isso porque, apesar de ser fundamental para o aumento da vitamina D e ter inúmeras vantagens, em excesso ele pode provocar queimaduras sérias e deixar a pele ainda mais irritada.
Portanto, sempre controle o tempo que o cachorro fica no sol. Meia hora por dia, durante a manhã e nunca nos períodos mais quentes, já ajuda.

Parasitas
Ao entrar em contato com certos parasitas, como pulgas e carrapatos, é normal o animal começar a se coçar constantemente. Esse caso já é mais grave e se não for tratado com urgência pode levar a quadros piores, como o desenvolvimento de determinadas enfermidades.
É sempre bom ter em mente que a saliva do animal é repleta de bactérias e corpos estranhos, uma vez que ele tem contato com diversos objetos e ambientes ao longo do dia. Por isso, ao colocar a língua sobre a superfície já ferida, aumentam as chances de passar infecções ou doenças parasitárias para dentro do corpo. O ideal nessa situação é procurar cobrir a parte machucada para evitar o contato com o ambiente externo.

Dor
Ao sentir dor muitos pets reagem coçando ou mordiscando a pata ou a perna. Identificar o motivo do incômodo pode ser mais difícil, então o melhor é levá-lo ao veterinário para ser examinado.
Mas, em resumo, o cachorro lambendo a pata de fato precisa de mais atenção, em vários sentidos. Quanto mais cedo o tutor perceber esse hábito, mais eficaz e rápido o problema será resolvido.