DIALOGANDO SOBRE: Intervenção Psicopedagógica

MARIA LUCIA SANTOS DE MELO
PEDAGOGA/PSICOPEDAGOGA/ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO ESPECIAL

A intervenção da psicopedagogia pode acontecer da forma preventiva ou terapêutica.
Ao identificar a origem da dificuldade em aprender, o psicopedagogo desenvolve atividades que estimulam as funções cognitivas que não estão ativadas no paciente e claro, a questão afetiva e social.
A palavra intervir prevê uma ação que predetermina um movimento. Alguém, em uma atitude ativa, estabelece uma ligação com o outro alguém e, por estar habilitada, produz alguma transformação. E assim a intervenção psicopedagógica pressupõe essa ligação com objetivos claros, delineados pelo seu objeto de estudo, que é o processo de aprendizagem.
Durante as sessões de psicopedagogia, os recursos como jogos, livros e computadores, têm a finalidade de descobrir os estilos de aprendizagem do paciente, como ritmos, hábitos adquiridos, motivações, ansiedades, defesas e conflitos em relação ao aprender. O psicopedagogo tem a função de auxiliar o indivíduo que não aprende a se encontrar nesse processo além de ajudá-lo a desenvolver habilidades para isso.
Quando existe a dificuldade para articular o eu e o outro, significa falta de autonomia para a aprendizagem, acontece uma diferença entre o corpo, o pensamento e a emoção.
Nesse parâmetro, os atendimentos psicopedagógicos propõem que o próprio indivíduo seja autor de sua aprendizagem, pois intervir nesse processo é criar mecanismos que contribuam para que o aprender do indivíduo possibilite, em um processo dialético, a transformação da realidade, bem como a transformação de si mesmo.