Apoio familiar é fundamental – Demissão

Levantar a autoestima do companheiro é o primeiro passo a ser dado

texto: Camilla Muniz | foto: divulgação
texto: Camilla Muniz | foto: divulgação

Já sem o uniforme de super-herói do Rio, Zé Lador precisou encarar a mulher, Maria Guandu, e o filho, Zé Ladinho, para contar sobre sua demissão. Embora tenham ficado assustados e inseguros quanto ao futuro, os dois acolheram o chefe da família, para ajudá-lo a levantar a autoestima. Contar com o apoio de pessoas próximas é fundamental para seguir em frente após o baque da perda do emprego.
Segundo o psicólogo Sérgio Medeiros, coordenador do curso de Psicologia do Centro Universitário IBMR, a atividade profissional faz parte do ideal de vida que cada um constrói para si.
“Desde pequena, a pessoa é perguntada sobre o que vai ser quando crescer. Então ela escolhe uma profissão, estuda, começa a trabalhar, cria laços afetivos com o emprego e com os colegas. É a perda dessas marcas identitárias que causa sensação de desamparo no desemprego”, afirma.
Além disso, a incerteza em relação às finanças para prover o sustento da casa é o que mais baixa o astral de quem é desligado do trabalho. Por isso, é importante que a família colabore nesse momento, seja economizando ou oferecendo suporte emocional na busca de um novo emprego.
“Todos podem buscar, em suas redes de contatos, oportunidades para mandar o currículo da pessoa que foi demitida”, diz a psicóloga Fatima Macedo, especialista em saúde mental do trabalhador e diretora da Mental Clean.
Para Medeiros, a receita para se reerguer é levantar a cabeça e procurar fazer qualquer coisa que dê expectativa de melhora. Fazer-se de vítima da situação, jamais.
“Isso não leva a lugar algum. É ficar com um pé na derrota”, opina o psicólogo.

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