Casos na cidade não conotam surto de meningite

Em coletiva de imprensa a Secretária da Saúde e o Haoc esclarecem as situações ocorridas

A secretária de Saúde do município junto ao Hospital Augusto de Oliveira Camargo, (Haoc), convocou uma Coletiva de Imprensa ontem (6) para falar sobre os ‘boatos’ sobre um suposto surto de meningite na cidade. Na Coletiva estavam presentes a secretária de Saúde, Graziela Garcia, O diretor Administrativo do Hospital, Dr. Marco Antônio Barroca, e a diretora epidemiológica, Rita de Cássia Ferraz Vaz.
Na ocasião eles reforçaram que não há surto de meningite na cidade e explicaram que, de acordo com o Guia de Vigilância Epidemiológica do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo, um surto pode ser definido como a ocorrência de três ou mais casos confirmados ou prováveis, em um período menor ou igual a três meses, que residam na mesma área geográfica e com uma taxa de ataque igual ou maior a dez casos em 100 mil indivíduos.
Graziela destaca como forma comparativa que em 2017 foram registrados 51 casos de meningite na cidade com dois óbitos e em 2018 foram confirmados 43 casos com três óbitos. Nesse ano, até o momento existem 24 casos e 3 mortes confirmados como meningite, sendo: 15 virais; três bacterianas não determinadas; uma neisseria B e uma bacteriana E.coli, todos curados. Outros três casos evoluíram para óbito, sendo: um por neisseria Y, garoto de 17 anos que veio a óbito em fevereiro, uma meningite viral enterovírus bebê de oito meses, veio a óbito em março, e um caso de streptococcus pneumonia em criança de 1 ano e 2 meses, que veio a óbito em maio e que recebeu a confirmação de meningite na quarta-feira (5). Há um quarto óbito de uma criança de também 1 ano e 2 meses em investigação com suspeita de meningite viral, até o momento não confirmada pelo Instituto Adolfo Lutz.
De acordo com a secretária nos casos de óbito na cidade os dois primeiros não tinham nenhuma relação, já que o menino de 17 anos era da cidade, mas havia passado por várias outros municípios anteriormente e não foi possível confirmar se o quadro de vacinas dele estava completo e o bebê de 8 meses era de uma família boliviana que estava há pouco tempo na cidade. Já os últimos dois casos, são de crianças da creche Esmeralda, no Jardim Morada do Sol, uma delas foi confirmada a meningite e a outra ainda aguarda confirmação. “Essa criança tinha um quadro absolutamente atípico e rápido, iniciou com febre na segunda-feira, na terça e quarta-feira ela iniciou com inapetência, irritabilidade. Veio para o hospital, o hospital atendeu, fez rastreamento infeccioso, fez a punção lombar para ver se estava com meningite. Quando está com dúvida você já entra com tratamento, não espera o resultado do exame, mas era um quadro muito atípico e rápido, ela provavelmente tinha uma patologia de base, porque apresentava uma hepatomegalia, o fígado dela era muito aumentado e tinha uma leucopenia. O lincoln veio alterado também sugestivo como uma meningite viral, para esta confirmação estamos esperando os resultados”, explica Dr. Barroca.
O doutor explica que uma criança com quadro simples de gripe pode evoluir para uma meningite e isso pode acontecer do dia para a noite. Por isso os pais devem ficar atentos aos sintomas. “Nós orientamos a mãe a observar a criança, pois quanto menor a criança é mais difícil de diagnosticar, por isso observar e ficar alerta com quem está com gripe: olhar a moleira da criança, ver se ao movimentar o pescoço ela sente dor, se está vomitando ou se tem manchas no corpo. Nesse caso tem que rastrear”, diz.
Vale ressaltar que o maior período de risco para contrair a doença é no frio e que, segunda a secretária da Saúde, as vacinas oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) são suficientes para a proteção contra o vírus. “A recomendação do Ministério da Saúde é o Calendário Vacinal do SUS, hoje se vocês perguntarem qual o maior problema, é a falta de vacina, temos que mandar as crianças para a vacinação particular.