Campanha de vacinação acontece dia 30
Medidas desesperadas não são necessárias
Os 71 casos de morte por H1N1 registrados no Brasil este ano, segundo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, têm deixado parte da população em pânico com a doença. Em São Paulo, onde 55 pessoas morreram por causa do vírus, farmácias estão com o estoque de oseltamivir (Tamiflu) zerados. No entanto, a corrida pelo medicamento, usado no tratamento de infecções virais, é desnecessária, segundo o otorrinolaringologista Rodrigo Pêgo.
“O oseltamivir é um antiviral que deve ser usado em pacientes dos grupos de risco, como grávidas, crianças e idosos. Em grupos que não correm risco de complicação, o H1N1 pode ser tratado com analgésicos, anti-inflamatórios e xarope”, afirma o médico, lembrando que o remédio não previne a infecção.
As medidas de prevenção da doença são lavar as mãos com frequência e evitar aglomerações e o contato com doentes. Se surgirem sintomas suspeitos, a orientação é procurar o consultório de um médico de confiança e não uma emergência hospitalar, onde o risco de contaminação é alto.
“Quem quiser pode se vacinar em clínicas particulares (antes da campanha), que oferecem as vacinas trivalente e tetravalente (com proteção contra mais um tipo de vírus influenza B)”, diz o infectologista Edimilson Migowski, presidente do Instituto Vital Brazil e professor da UFRJ.