Cada tipo, um esporte corpo de atleta

Características físicas são facilitadoras em determinados exercícios

texto: Elisa Clavery/todo extra | foto: divulgação
texto: Elisa Clavery/todo extra | foto: divulgação

Força de vontade e treino são dois responsáveis pelo talento de Michael Phelps nas piscinas. Mas a genética do nadador americano não pode ser esquecida: seus braços compridos, com 2,03m de envergadura, e sua altura, de 1,93m, facilitam o desempenho na disputa aquática. Para especialistas, as características físicas são, sim, facilitadores em determinados exercícios físicos – mas não impeditivos.
O biotipo pode facilitar e muito. Por exemplo, o jogador de basquete Michael Jordan tem um 1,98 m. Com certeza, ele tem mais facilidade em realizar saltos em altura inimagináveis para nós – diz o personal trainer Edmar Lopes, que pondera: “se o atleta não foi sorteado na loteria genética para determinado esporte, ele apenas terá que treinar mais.”
Além de características físicas, há três biotipos mais comuns, segundo a estrutura muscular e óssea: o ectomorfo (pessoas mais altas e magras, com membros longos), o mesomorfo (composição corporal naturalmente mais atlética, com metabolismo mais eficiente) e o endomorfo (mais baixos e com facilidade de acumular gordura).
“Determinadas atividades são mais fáceis para cada biotipo. É importante levar isso em consideração na hora de uma avaliação médica e nutricional. Um indivíduo ectomorfo, por exemplo, precisa de atenção na hora de fazer uma atividade muito pesada, senão vai ter mais dificuldade de ganhar peso.” – explica o médico do esporte Rodrigo Freitas.
O personal trainer cita casos em que os atributos físicos não fizeram diferença. A jogadora brasileira de vôlei de praia Shelda Bedê fez história mesmo com a estatura de 1,65m.
– O importante na hora de escolher um exercício é pensar no que motiva o atleta a acordar todos os dias para treinar, seja qual for sua forma física.

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