AVC também pode atingir jovens combate

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Mais de 100 mil brasileiros morrem todo ano em decorrência do problema

O Dia Mundial de Combate ao Acidente Vascular Cerebral (AVC) foi lembrado neste sábado. Com ele, o alerta de especialistas de que esta não é mais uma doença restrita às pessoas com mais idade. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 100 mil brasileiros morrem todo ano em decorrência do problema, sendo que 90% dos casos podem ser prevenidos com a adoção de hábitos saudáveis e com exame das carótidas.

O AVC tem prevalência maior entre pessoas acima dos 60 anos. Mas mudanças no estilo de vida, como sedentarismo, estresse, sobrepeso, hipertensão aumentam fatores que levam pessoas mais novas a terem um AVC – alerta a neurologista Vanessa Muller, que acrescenta o tabagismo, a diabetes e o colesterol alto como fatores graves de risco.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o AVC, conhecido como derrame, é hoje a terceira doença que mais mata no mundo e a principal causa de morte no Brasil. Ele pode ser definido como um déficit neurológico causado por interrupção do fluxo sanguíneo a uma determinada região do cérebro.

Os sintomas mais comuns, explica a neurologista, são fraqueza ou dormência em uma parte do corpo, dificuldade em falar, compreender, ler ou escrever; piora súbita na visão; dor de cabeça fora do comum; vômitos; visão dupla; desequilíbrio; vertigem e tontura; convulsão; desmaio; sonolência e rigidez na nuca.

Tempo é tudo. Então, quanto mais rápido se chegar ao hospital, maiores as chances de a pessoa sobreviver e menos chances de sequelas – conclui Vanessa.

Cuidado com hábitos Ruins                                                                                                                       Cerca de 90% dos AVCs são isquêmicos, causados por um coágulo de sangue que obstrui uma artéria do cérebro e, geralmente, não causam dor.

É importante que se adquira a cultura da avaliação médica constante, principalmente no homem, que não tem isso. As pessoas, desde cedo, têm que procurar controlar o peso, não fumar, praticar atividade física – aconselha o presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular do Rio, Carlos Peixoto.

Ele avalia ainda que o uso indevido de pílulas anticoncepcionais está trazendo sérios riscos às meninas.

Os novos hormônios são mais efetivos no controle da natalidade e da endometriose, mas tem mais efeitos colaterais. Aumentam a chance de trombose venosa no cérebro, o que aumenta risco de AVC. É preciso recomendação médica adequada.

Texto: Ana Paula Blower/Todo extra